quinta-feira, 31 de março de 2011

Artigo da Blue bus


infografico que mostra a história do uso e da velocidade da internet

13:47 Este infográfico reúne dados interessantes sobre a internet nos últimos 15 anos - desde os top sites, países com mais presença na web e idiomas mais falados na rede até a velocidade média da conexao de cada país e o quanto cada naçao costuma baixar em termos de gigabytes. Pra quem acha que a velocidade da conexao nos EUA é incrível, vai ficar surpreso de saber que o país está no 30o lugar do ranking, perdendo feio para Coréia do Sul, Lituânia, Letônia, Suécia, România, Móldova, Holanda e Japao. Confira na imagem em tamanho real aqui. A dica é do TechCrunch. 31/03 Jacqueline Lafloufa

terça-feira, 29 de março de 2011

O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.

O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Immanuel Kant
Resolvi escrever sobre educação, não por ser um especialista ou educador, mas por ser um pai muito preocupado com o estado das coisas. Eu sou do tempo que aprendíamos primeiro as letras, a (abelhinha), b (bola) e por aí vai. Descobri agora que existe o tal de “método construtivista” o que me deixou totalmente perdido, pois se até os educadores tem dificuldades em explicar e aplicar aos alunos este método, como eu posso ajudar nas tarefas dos meus filhos? Como as crianças aprendem matemática no método construtivista? Recebem uma formula para decifrar antes mesmo de saber quais são os números?!
Mas não para por aí, agora não usam mais cadernos nem livros, apenas apostilas deste ou aquele “cursinho”, cheias de erros, perguntas incompletas e subjetivas, que não fazem sentido. Pouco material de estudo e alguns exercícios, como se fosse um mini vestibular.
As crianças perdem um fator muito importante, o habito da leitura. Lembro que tínhamos livros, de historia, geográfica, português, matemática, etc... Além disso, tínhamos que copiar matérias que muitas vezes eram colocadas no quadro negro, que pra mim sempre foi verde, mas enfim!

O habito de copiar do quadro ou mesmo anotar o que o professor ensinava ou “ditava”, era mais uma forma de gravar a informação, manter a atenção e estimular o aprendizado. Não vou me aprofundar em “Neurolingüística” (
é a ciência que estuda a elaboração cerebral da linguagem. Ocupa-se com o estudo dos mecanismos do cérebro humano que suportam a compreensão, produção e conhecimento abstrato da língua, seja ela falada, escrita, ou assinalada. Trata tanto da elaboração da linguagem normal, como dos distúrbios clínicos que geram suas alterações) para não parecer uma propaganda de livro de auto-ajuda, mas estimular os sentidos é fundamental, cada pessoa tem uma forma de assimilar melhor as coisas. Estudos apontam os percentuais de 60% lendo, ouvindo 20% e escrevendo iguais 20%, variando de acordo com cada indivíduo, ou seja, alguns aprendem mais ouvindo, outros escrevendo ou lendo, alguns estímulos foram extintos em prol da “apostila”.
Eu sempre estudei em escolas públicas, algo aceitável para a minha geração, porém, hoje, isso e quase impossível, pois existem tantos entraves que você acaba sendo desestimulado a matricular o seu filho numa escola pública. Pra começar, a maioria delas não apresenta um nível mínimo de segurança, estrutura, laboratórios, professores qualificados e bem remunerados, pois pense bem, colocar a educação dos nossos filhos nas mãos de uma pessoa que não é feliz ou não é bem remunerada para fazer o exercício de sua profissão, é bem complicado.
Quando você tenta matricular o seu filho em uma escola pública, tem que literalmente dormir na frente da escola para conseguir uma vaga, ferindo algo que esta garantido na Constituição Brasileira e não é respeitado.
Após todas essas etapas, você ainda precisa justificar que é uma pessoa que precisa de uma vaga numa escola pública ou creche, que discrimina você de acordo com a sua renda, independente dos impostos que você paga para ter direito ao ensino público.
Eu sei que existem leis que “garantem” o direito a vagas, mas as leis são cumpridas neste país? Se o seu filho tem até 5 anos, a responsabilidade é da prefeitura, se tem de 6 a 14 passa a ser responsabilidade do estado, se ainda assim não conseguir, veja a dica do próprio governo: Recorra a Diretoria Regional mais próxima da sua residência, se não tiver dinheiro, procure a defensoria pública, ou seja, deixe de trabalhar e se dedique apenas a brigar por algo que é seu por direito, amparado na legislação!
Uma verdadeira batalha para colocar o seu filho na escola, educá-lo para ser um cidadão preparado para suprir as vagas de mercado, tornar-se um profissional qualificado que por fim, resultará num país extremamente competitivo, mas, o Brasil está longe disso. Mostro isso em números, adoro números:
a) O Brasil tem 28% de suas crianças entre 4 e 6 anos fora da escola; daquelas com 7 anos, 1% não se matricularam.
b) Apenas 5, em cada 10 que se matricularam, terminam o Ensino Fundamental; 3 terminam o Ensino Médio, mais de 6 são deixadas para trás.
c) Das que concluem o Ensino Médio, 90% entram no Ensino Superior, aprovadas em vestibular depois de terem sido excluídas quase 7 de cada 10 crianças brasileiras.
d) É óbvio que o Ensino Superior perde um enorme potencial. Além dos 7 que ficam para trás, menos da metade dos concluintes do Ensino Médio tem uma boa formação.
e) O Ensino Superior fica, portanto, comprometido.
A tragédia se vê ainda mais pelos dados adicionais abaixo:
• 3,8 milhões de crianças com idade entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens com idade entre 15 e 17 anos estão fora da escola.
• 1,3 milhão de crianças entre 10 e 17 anos trabalham em vez de estudar, e mais de 4,8 milhões são obrigadas a trabalhar e estudar ao mesmo tempo.
• O Brasil tem entre 15 e 20 milhões de analfabetos com mais de 18 anos.
• 33 milhões de brasileiros são incapazes de ler ou escrever, apesar de terem sido formalmente alfabetizados.
• Quase um terço (28%) dos alunos brasileiros não conseguem completar a 4a série do Ensino Fundamental na idade adequada (11 anos).
• Menos da metade (42%) dos brasileiros consegue completar a 8a série do Ensino Fundamental na idade adequada (15 anos).
• 73% dos brasileiros atualmente com 18 anos ou mais – mais de 100 milhões de pessoas – não chegaram a cursar ou concluir o Ensino Médio. Destes, apenas metade recebeu uma Educação Básica de qualidade razoável.
• Apenas 65% dos jovens com mais de 18 anos estão concluindo o Ensino Médio.
• 52% dos alunos da 4a série não dominam as habilidades elementares de Matemática. Em Português, a situação é ainda pior: 59% dos alunos estão na 4a série sem terem adquirido as competências e habilidades necessárias.
• 48% dos professores sofrem da síndrome da desistência: não vêem mais o aluno como um ser em evolução.
• Entre 31 países investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho de Matemática.
• A média salarial dos professores do Ensino Básico é de R$ 530,00, sendo que 80% ganham em média R$ 360,00.
Um brasileiro de classe média gasta 50 vezes mais com educação, ao longo de sua vida, do que um brasileiro pobre. São R$ 240.000,00 contra R$ 4.800,00. Os primeiros estudam 20 anos, a um custo médio de R$ 12.000 por ano; os demais, apenas 4 anos, a um custo anual de R$ 1.200,00. Os primeiros têm em média 6 horas diárias de atividades educacionais, para os outros a média não chega a 3 horas por dia.
O que podemos combater com investimentos descentes em educação:
- Desemprego;
- Violência urbana;
- Ineficiência econômica;
- Pobreza cultural;
- Apartação social;
- Baixos salários mínimo e médios;
- Desigualdade da renda;
- Dependência e perda de soberania;
- Trabalho infantil;
- Atraso científico e tecnológico;
- Baixa competitividade;
- Desaglutinação social;
- Baixo valor agregado na economia.
Causa ideológica. Os dirigentes brasileiros, suas classes ricas e médias, desprezam o povo, e por isso nunca tiveram um compromisso com os serviços necessários para as massas, nem saúde, nem transporte, nem habitação, nem educação. Desde a escravidão, quando aos escravos era proibido estudar, até os dias de hoje, quando a educação do povo não é vista como compromisso central dos governos. (
Senador Cristovam Buarque)

Resumindo, o Brasil não tem futuro, sequer pode ser apontando com o país do futuro ...
@jabsrs