terça-feira, 29 de novembro de 2011

Justiça


Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.

Miguel Cervantes

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eclipse da Razão


A razão já não se orienta mais pela busca da verdade e pelo sentido das coisas, mas foi sequestrada pelo processo produtivo e rebaixada a uma função instrumental “transformada num simples mecanismo enfadonho de registrar fatos”.
... “justiça, igualdade, felicidade, tolerância, por séculos julgadas inerentes à razão, perderam as suas raízes intelectuais”. Quando a sociedade eclipsa a razão, fica cega, perde o sentido de estar juntos e se vê atolada no pântano dos interesses individuais ou corporativos.
Max Horkheimer

sábado, 26 de novembro de 2011

A teoria do conhecimento!


Kant tenta responder a teoria do conhecimento:
 
O conhecimento empírico, que tem a ver com as percepções dos sentidos, isto é, posteriores à experiência. E o conhecimento puro, aquele que não depende dos sentidos, anterior à experiência, ou seja, a priori, depende de uma afirmação universal que, para ser válida, não depende de nenhuma condição específica.


Na verdade, o conhecimento verdadeiro só é possível pela conjunção entre matéria, proveniente dos sentidos, e forma, que são as categorias do entendimento. A priori não se obtém um conhecimento, mas pode-se saber quais são as categorias segundo as quais o conhecimento é formulado, segundo as leis da razão. Ele já começa o livro esclarecendo sobre a diferença entre os "juízos sintéticos" e "juízos analíticos". Sendo que o primeiro é aquele que, através da junção de informações distintas chega a uma nova informação. O segundo refere-se à dividir um mesmo objeto em seus constituintes, de modo que suas partes se tornem mais claras, mas que nada mais surja, a não ser aquilo que previamente já estava contido no próprio objeto. Com relação aos "juízos sintéticos" e "analíticos" a posteriori Kant não coloca qualquer problema. Mas afirma que os pensamentos filosóficos correntes se utilizavam de "juízos analíticos" a priori, isto é, apenas andavam em círculos sobre algum conhecimento, reproduzindo-o com palavras diferentes, chegando a conclusões que em nada diferiam daquilo que já estava contido no primeiro pensamento, sem produzir, assim, qualquer novo conhecimento a respeito das questões sobre as quais eram formuladas. Porém o que chamou a atenção de Kant foi a possibilidade de juízos a priori na matemática e na física proporcionarem conhecimento novo, diferente dos sofismas redundantes filosóficos. Assim, Kant percebeu que estas duas ciências eram capazes de elaborar "juízos sintéticos" a priori, por tratarem justamente das leis que regem o conhecimento, dispensando, assim, qualquer experiência para validar seus achados. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Odeio os indiferentes


Como Friederich Hebbel acredito que “viver significa tomar partido”. Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso.  Antonio Gramsci Texto “Os indiferentes” 11/02/1917  do livro “Convite à Leitura”

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Fazer o bem!


Em política, tal como na moral, é um grande mal não fazer bem, e todo o cidadão inútil deve ser considerado um homem pernicioso.
Jean Jacques Rousseau

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Valor do comandante


O comandante é o equilíbrio da carruagem do Estado. Se este equilíbrio estiver bem colocado, a carruagem, isto é, a nação será poderosa; se o equilíbrio estiver defeituoso, a nação, certamente, será fraca.

A Arte da Guerra!

A Liberdade


A liberdade é provavelmente conciliável com este eterno presente. O viajante que sobe o Sena de barco sabe antecipadamente as pontes que encontrará. Nem por isso é menos senhor das suas ações, nem menos capaz de prever o que poderá acontecer inopinadamente. Liberdade de vir a ser, no centro de uma eternidade que é. Visão dupla, admirável visão do destino humano ligado à totalidade do Universo!


Do livro: "O despertar dos Mágicos"

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Consciência

‎... Sempre há no recôndito do homem uma voz interior que o chama, que pergunta, que indaga, que reclama. Às vezes a chamamos de consciência. Perante ela, alguns fogem, se calam. Outros respondem. Alguns se ocultam entre palavras, entre idéias, entre ações. Outros revelam, se manifestam tal como são ...

O erro


Contrariamente ao que crêem os pessimistas, todo erro é um valor que vem aumentar os nossos haveres. Em vez de chorar sobre ele convém explorá-lo. Por isso é preciso que resolvamos estudá-lo a fundo, descobrir, sem piedade, as suas raízes e construir energicamente a nova concepção das coisas que isto nos proporciona.
José Ortega y Gasset
(1883-1955)

É a Gota D' Água


É a Gota D' Água +10 from Movimento Gota d' Agua on Vimeo.

Ordem e Progresso


"Para o sábio tudo é ordem, o néscio acha desordem em tudo."
(Marquês de Maricá)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Cultura não se Enquadra na Totalidade Política

A cultura nunca poderá ser um fator estratégico de mudança. Se é estratégia, não é cultura. Faz-se apelo à cultura como estratégia de mudança, tentando resolver a condição perturbadora do homem culto, munido de culpabilidade inconsciente, ou simplesmente isento da culpabilidade pelo sofrimento. Isso não é possível. A cultura não se enquadra na totalidade política. Há um grave mal entendido quanto a isso. A cultura não significa o conforto da neutralidade, a irónica graduação da expectativa, a ginástica do não compomisso. Significa um enraizamento em si mesmo, que conserva no homem a faculdade de julgar. Não é contrária à ação, mas é condição necessária para que a ação seja serena e útil, e não impaciente e desordenada. Não se trata de racismo espiritual; não se trata da pretensão de existir à parte da história política do mundo. É a intenção absolutamente necessária de ser livre, face aos acontecimentos, qualquer que seja a lógica que os liga. A cultura é o que identifica um povo com a sua finalidade.

Agustina Bessa-Luís - 'Dicionário Imperfeito'

A Cultura Deve Ser Uma Descoberta Individual de Cada um de Nós

Não se deve intervir, não nos devemos meter nos problemas que cada um tem com a leitura. Não devemos sofrer por causa das crianças que não lêem, perder a paciência. Trata-se da descoberta do continente da leitura. Ninguém deve encorajar nem incitar outra pessoa a ir ver como ele é. Já existe excessiva informação no mundo acerca da cultura. Devemos partir sós para esse continente. Descobri-lo sozinhos. Operarmos sozinhos esse nascimento.
 Por exemplo, em relação a Baudelaire, devemos ser os primeiros a descobrir o seu esplendor. E somos os primeiros. E, se não formos os primeiros, nunca seremos leitores de Baudelaire. Todas as obras-primas do mundo deveriam ser encontradas pelas crianças nos despejos públicos, e lidas às escondidas dos pais e dos mestres.
Por vezes, o facto de se ver alguém a ler um livro no metro, com grande atenção, pode provocar a compra desse livro. Mas não quanto aos romances populares. Aí, ninguém se engana quanto à natureza do livro. Os dois géneros nunca estão juntos nas mesmas mãos. Os romances populares são impressos em milhões de exemplares. Com a mesma grelha aplicada, em princípio, há uns cinquenta anos, os romances populares desempenham a sua função de identificação sentimental ou erótica. Depois de os terem lido, as pessoas abandonam-nos nos bancos públicos, no metro, e serão apanhados por outras pessoas e novamente lidos. Isso será ler? Sim, penso que sim, é ler como se toma um remédio, mas é ler, é ir buscar a leitura ao exterior de si próprio e ingeri-la e fazê-la sua e dormir e cair no sono para, no dia seguinte, ir trabalhar, juntar-se a milhões de outras pessoas, a solidão matricular, o esmagamento.

Marguerite Duras, in "Mundo Exterior "

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Uma grande verdade:

"Bem feito é melhor do que bem explicado." (Benjamin Franklin)

Sonhos



Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:”Que tamanho tem o universo?”Acariciando a cabeça da criança,ele olhou para o infinito e respondeu:”O universo tem o tamanho do seu mundo.”Perturbada,ela novamente indagou:”Que tamanho tem meu mundo?”O pensador respondeu:”Tem o tamanho dos seus sonhos.”Se seus sonhos são pequenos,sua visão será pequena,suas metas serão limitadas,seus alvos serão diminutos,sua estrada será estreita,sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.Os sonhos regam a existência com sentido.Se seus sonhos são frágeis,sua comida não terá sabor,suas primaveras não terão flores,suas manhãs não terão orvalho,sua emoção não terá romances.A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis,faz dos idosos,jovens,e a ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos.Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história,fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.Sonhe!"
Augusto Cury

domingo, 6 de novembro de 2011

O pensamento


O pensamento tem poder infinito.
Ele mexe com o destino, acompanha a sua vontade.
Ao esperar o melhor, você cria uma expectativa positiva que detona o processo de vitória.
Ser otimista é ser perseverante, é ter uma fé inabalável e uma certeza sem limites de que tudo vai dar certo.
Ao nascer o sentimento de entusiasmo, o universo aplaude tal iniciativa e conspira a seu favor, colocando-o a serviço da humanidade.
Você é quem escreve a história de sua vida - ao optar pelas atitudes construtivas - você cresce como ser humano e filho dileto de DEUS.
Positivo atrai positivo.
Alegria chama alegria.
Ao exalar esse estado otimista, nossa consciência desperta energias vitais que vão trbalhar na direção de suas metas. 
Seja incansavelmente otimista. Faz bem para o corpo, para a mente e para a alma.
É humano e natural viver aflições, só não é inteligente conviver com elas por muito tempo.
Seja mais paciente consigo mesmo, saiba entender suas limitações.
Sem esforço não existe vitória.
Ao escolher com sabedoria viver sua vida com otimismo, seu coração sorri, seus olhos brilham e a humanidade agradece por você existir.
Pablo Neruda

sábado, 5 de novembro de 2011

Os Elementos Fixadores da Personalidade


Os resíduos ancestrais formam a camada mais profunda e mais estável do carácter dos indivíduos e dos povos. É pelo seu “eu” ancestral que um inglês, um francês, um chinês, diferem tão profundamente. 
Mas a esses remotos atavismos sobrepõem-se elementos suscitados pelo meio social (casta, classe, profissão, etc.), pela educação e ainda por muitas outras influências. Eles imprimem à nossa personalidade uma orientação assaz constante. Será o “eu”, um pouco artificial, assim formado, que exteriorizaremos cada dia. 
Entre todos os elementos formadores da personalidade, o mais activo, depois da raça, é o que determina o agrupamento social ao qual pertencemos. Fundidas no mesmo molde pelas idéias, as opiniões e as condutas semelhantes que lhes são impostas, as individualidades de um grupo: militares, magistrados, padres, operários, marinheiros, etc., apresentam numerosos carácteres idênticos. 
As suas opiniões e os seus juízos são, em geral, vizinhos, porquanto sendo cada grupo social muito nivelador, a originalidade não é tolerada nele. Aquele que se quer diferenciar do seu grupo tem-no inteiramente por inimigo.
Essa tirania dos grupos sociais, na qual insistiremos, não é inútil. Se os homens não tivessem por guia as opiniões e a maneira de proceder daqueles que os cercam, onde achariam a direcção mental necessária à maior parte? Graças ao grupo que os enquadra, eles possuem um modo de agir e de reagir quase constante. Graças ainda a ele, naturezas um pouco amorfas são orientadas e sustentadas na vida. 
Assim canalizados, os membros de um grupo social qualquer possuem, com uma personalidade momentânea ou durável, porém bem definida, uma força de acção que jamais sonharia qualquer dos indivíduos que a compõem. As grandes matanças da Revolução não foram actos individuais. Os seus autores atuavam em grupos: girondinos, dantonistas, hebertistas, robespierristas, termidorianos, etc. Esses grupos, muito mais do que indivíduos, então se combatiam. Deviam, portanto, empregar nas suas lutas a ferocidade furiosa e o fanatismo estreito, característicos das manifestações colectivas violentas.

Gustave Le Bon, in "As Opiniões e as Crenças"

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fim do mundo!


Quando lhe falavam no fim do Mundo, Chesterton replicava: Porque me hei-de preocupar? O fim do Mundo já se deu várias vezes. Há um milhão de anos que os homens habitam a Terra, e sem dúvida sofreram mais de um apocalipse. A inteligência extinguiu-se e reacendeu-se diversas vezes. Um homem que se vê caminhar ao longe na noite, com uma lanterna na mão, é alternadamente sombra e fogo. Tudo nos incita a pensar que o fim do Mundo se deu mais uma vez e que fazemos agora uma nova aprendizagem da existência inteligente num mundo novo: o mundo das grandes massas humanas, da energia nuclear, do cérebro eletrônico e dos foguetões
interplanetários.
Talvez precisássemos de uma alma e de um espírito diferentes para esta Terra diferente.

What Is Occupy Wall Street About?

Child Friendly - Exemplo dos Pais