sábado, 31 de dezembro de 2011

De presentes e ausências!


Nesta época é comum ver, além das retrospectivas, os apelos piegas ao tal espírito natalino, abusos de expressões como “renovar esperanças”, previsões furadas de astrólogos, tarólogos e outros loucos, textos que lamentam onde estão os natais d’antanho, mensagens de boas festas com listas de virtudes. Meu impulso é perguntar por que as pessoas não procuram ser assim o ano todo, e não apenas no solstício que foi apropriado pela religião e pelo folclore para se tornar uma data paradoxal em que se discursa sobre bons sentimentos enquanto se consome em ritmo febril; até mesmo os nacionalistas se calam diante do fato de que a festa não tem cara do calor de 34 graus. E então me ponho a pensar em como generosidade e respeito, para ficar só nesses dois itens, andam em falta nos tempos atuais, especialmente nas grandes cidades, e em como a tecnologia que deveria nos aproximar nos tem dispersado. Mas lembro os Natais de infância, comparo com o dos meus filhos e as diferenças se tornam irrelevantes, porque os prazeres e as questões são muito parecidos. E os dias deliciosamente desocupados, desacelerados, convidam ao balanço do ano, ainda que tenha tido tantas tristezas em meu caso, e sem balanço não há avanço.

Somos carne e pensamento, um não se dissocia do outro, e do mesmo modo o Natal é ficar feliz em dar e receber presentes, é ver as crianças alegres com o que ganham e pronto, sem místicas nem melancolias. Lembro que meu avô nos levava em seu Opala, no banco da frente, câmbio atrás do volante, para procurar o Papai Noel. Olhávamos para o céu e achávamos que qualquer luzinha era a carruagem de renas. Quando voltávamos, ele já tinha passado e deixado os presentes sob a árvore. Um primo mais velho me disse: “Cheguei até a ver a perna dele saindo pela janela”. Eu devia ter uns oito anos e achei estranho; afinal, era só ter ficado ali que com certeza o veríamos, já que eu nunca tinha conhecido ninguém que não ganhasse presentes todo santo Natal. (Eu já estava acometido desta mania de descrença: antes de fazer 6 anos, na minha primeira viagem de avião, assim que ficamos acima das nuvens perguntei ao meu pai onde estavam os “anjinhos”. Não era ali que diziam que eles moravam?) De qualquer modo, afora as comidas saborosamente calóricas, quase sempre o presente fazia a dita magia da noite. Digo “quase sempre” porque uma vez pedi um Piloto Campeão e ganhei uma Motocleta. Inconformado, reclamei: “Que Papai Noel burro!” Mas a Motocleta, espécie de triciclo evoluído, me divertiu muito mais ao descer a rampa do abacateiro na chácara que tínhamos.


Ver o sorriso de filhos e sobrinhos é boa maneira de encerrar o ano, como o fecho de capítulo de um livro que ainda não terminou, e mesmo que não chegue a redimir o capítulo ruim. Perdi minha mãe e, apesar das falas pseudo consoladoras do tipo “É a vida” (não, é a morte mesmo) e “Tudo vai ficar bem” (defina “bem”), a dor ganha intervalos, mas a ausência fica. Tive também uma decepção pessoal, que abalou minha confiança, me tirou alguns quilos, me fez ver de novo como nossos melhores esforços podem ser os mais injustiçados, como a ingenuidade é amiga da vaidade, como a efusão brasileira pode ocultar inveja ou egoísmo. Também não fico feliz ao pensar que para tantas pessoas uma experiência insubstituível como ter filhos pode ser vista como algo que “atrapalha” ou, pior, que justifica manter relacionamentos frios ou frustrantes, em vez de renová-los. Mas terminei meu capítulo com páginas encorajadoras, confiante não apenas em ter superado a fase crítica, mas também em não ter deixado o desencantamento tomar conta. Aí está, se me permitem o toque natalino: não deixar o desencanto tomar conta é o melhor presente.

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Jornalista e escritor Daniel Piza morre aos 41 anos

Paulistano e corintiano fanático, Piza era colunista do jornal O Estado de S. Paulo, onde começou a carreira em 1991. Escrevia aos domingos no Caderno 2 e, desde 2004, assinava também uma coluna sobre futebol, além de manter um blog no portal estadão.com.br. Apresentou os programas Estadão no Ar e Direto da Redação na rádio Estadão ESPN.

Advogado, formado no Largo de São Francisco, era escritor, com 17 livros publicados, entre eles Jornalismo Cultural (2003), a biografia Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro (2005), Aforismos sem Juízo (2008) e os contos de Noites Urbanas (2010). Traduziu títulos de autores como Herman Melville e Henry James e organizou seis outros, nas áreas de jornalismo cultural e literatura brasileira. Fez também os roteiros dos documentários São Paulo - Retratos do Mundo e Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides.

Carreira
Na década de 1990, trabalhou nas editorias de Cultura do Estado, Folha de S. Paulo e Gazeta Mercantil, na cobertura de literatura e artes visuais. Em maio de 2000, retornou ao Estado como editor-executivo e colunista cultural. 

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,jornalista-e-escritor-daniel-piza-morre-aos-41-anos,817110,0.htm

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O BRASIL DO PT X O PSDB DO BRASIL

O Governo

"O governo não é uma razão, também não é eloquência, é força. Opera como o fogo; é um servente perigoso e um amo temível; em nenhum momento se deve permitir que mãos irresponsáveis o controlem." (George Washington)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Sabedoria é a Nossa Salvação


A nossa cultura é hoje muito superficial, e os nossos conhecimentos são muito perigosos, já que a nossa riqueza em mecânica contrasta com a pobreza de propósitos. O equilíbrio de espírito que auríamos outrora na fé ardente, já se foi: depois que a ciência destruiu as bases sobrenaturais da moralidade o mundo inteiro parece consumir-se num desordenado individualismo, refletor da caótica fragmentação do nosso carácter. 
Novamente somos defrontados pelo problema atormentador de Sócrates: como encontrar uma ética natural que substitua as sanções sobrenaturais já sem influência sobre a conduta do homem? Sem filosofia, sem esta visão de conjunto que unifica os propósitos e estabelece a hierarquia dos desejos, malbaratamos a nossa herança social em corrupção cínica de um lado e em loucuras revolucionárias de outro; abandonamos num momento o nosso idealismo pacífico para mergulharmos nos suicídios em massa da guerra; vemos surgir cem mil políticos e nem um só estadista; movemo-nos sobre a terra com velocidades nunca antes alcançadas mas não sabemos ora onde vamos, nem se no fim da viagem alcançaremos qualquer espécie de felicidade. 
Os nossos conhecimentos destroem-nos. Embebedem-nos com o poder que nos dão. A única salvação está na sabedoria. 

Will Durant, in "Filosofia da Vida"

Ninguém Sabe Coisa Alguma


Porque nós não sabemos, pois não? Toda a gente sabe. O que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem? O que está subjacente á anarquia da sequência dos acontecimentos, às incertezas, às contrariedades, à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? Ninguém sabe, professora Roux. «Toda a gente sabe» é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum. O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma. Não podemos saber nada. Mesmo as coisas que sabemos, não as sabemos. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos. E mais espantoso ainda é o que passa por saber. 

Philip Roth, in "A Mancha Humana"

Tema(s): Conhecimento  
@jabsrs

PSDB x PT: Compare as duas gestões no Brasil

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Onde vivem os meus seguidores? "The World Is Flat"


O Prazer em Perspectiva: A Esperança!




A esperança é filha do desejo, mas não é o desejo. Constitui uma aptidão mental, que nos fez crer na realização de um desejo. Podemos desejar uma coisa sem que a esperemos. Toda gente deseja a fortuna, muito poucos a esperam. Os sábios desejam descobrir a causa primitiva dos fenômenos; eles não têm nenhuma esperança de consegui-lo. O desejo aproxima-se algumas vezes da esperança, a ponto de confundir-se com ela. Na roleta, eu desejo e espero ganhar. 
A esperança é uma forma de prazer em expectativa que, na sua atual fase de espera, constitui uma satisfação freqüentemente maior do que o contentamento produzido pela sua realização. A razão é evidente. O prazer realizado limita-se em quantidade e em duração, ao passo que nada limita a grandeza do sonho criado pela esperança. A força e o encanto da esperança consistem em conter todas as possibilidades de prazer. Ela constitui uma espécie de vara mágica que transforma tudo. Os reformadores nunca fizeram mais do que substituir uma esperança por outra. 

Gustave Le Bon, in "As Opiniões e as Crenças"
Desejo  Esperança  Prazer
Gustave Le Bon

O Brasil no Ranking Global de PIBs


O Brasil no Ranking Global de PIBs
Autor(es): : Armando Castelar
Correio Braziliense - 28/12/2011

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

A notícia era esperada, mas ainda assim movimentou as manchetes de jornal: em 2011 o Brasil ultrapassou o Reino Unido e tornou-se a sexta maior economia do mundo. A ultrapassagem deve-se a uma combinação de fatores, alguns são sinais de força, outros de problema.

O fator mais positivo é que, desde que o Plano Real controlou a inflação e várias reformas mudaram para melhor a economia brasileira, o país tem sido capaz de manter um ritmo mais ou menos constante de crescimento. Basta ver que, desde então, 2009 foi o único ano em que o PIB caiu. No período pós-Real, o PIB cresceu em média 3,3% ao ano, próximo ao que se estima ser o limite atual para a economia brasileira, de 3,5% a 4% ao ano.

Essa taxa pode parecer baixa, e de fato o país poderia crescer mais com as reformas certas, mas ela é bem melhor que a observada nos países que há uma década e meia estavam à nossa frente no ranking global de PIBs. A Itália, que ficou para trás há um par de anos, teve crescimento médio anual nesse período de 1%; o Reino Unido, de 2,2% e a França, de 1,7%.

A grande diferença surgiu após a crise: em 2007-11, o Brasil cresceu um total de 23%, enquanto os PIBs de Itália, Reino Unido e França tiveram variações acumuladas de -3%, 0% e 5%, respectivamente. Portanto, a ultrapassagem de PIBs não foi só mérito do Brasil, mas também reflexo do fraco desempenho europeu.

No próximo quinquênio, a diferença de desempenhos deve se manter. A crise na Europa parece longe de um fim, já que o processo de redução de endividamento de governos, bancos e famílias da região será necessariamente lento, na melhor das hipóteses. A tendência é que a contração fiscal, a redução do crédito e a falta de confiança de consumidores e empresas mantenham o crescimento econômico baixo nesses países. O cenário alternativo parece ainda pior: um calote descoordenado, com a estatização do sistema bancário e forte recessão global.

O FMI prevê que Itália, Reino Unido e França cresçam em média 0,8%, 2,4% e 1,9% ao ano no próximo quinquênio, mas o próprio fundo reconhece que essas são estimativas otimistas. Não obstante, se a França mantiver essa taxa de expansão durante o resto da década e o Brasil for capaz de crescer 3,5% ao ano, em 2019 devemos ultrapassar também a França em termos de tamanho da economia em dólares.

Há, porém, vários riscos nesse cenário. O mais importante é que o tamanho do PIB nessa medida é muito sensível à taxa de câmbio em relação ao dólar. Nesse sentido, uma razão importante para o PIB brasileiro ter ultrapassado o do Reino Unido é que, após a crise financeira internacional, o real continuou se valorizando frente ao dólar, enquanto a libra perdeu valor. Mais especificamente, em 2006 eram necessários R$ 4 para comprar uma libra, enquanto em 2011 bastaram R$ 2,6 para fazer a mesma operação. Ou seja, o real se valorizou 50% frente à libra esterlina nesses cinco anos. Mesmo que os dois países tivessem crescido à mesma taxa, o PIB brasileiro teria aumentado em dólares 50% a mais do que o inglês.

Por conta das flutuações cambiais, o próximo ano pode ver o Reino Unido outra vez passar o Brasil nesse ranking de PIBs. Isso pode ocorrer, por exemplo, se em 2012 a nossa taxa de câmbio permanecer no patamar de R$ 1,86 por dólar e a taxa de câmbio libra/dólar ficar no nível de 2011, como prevê o FMI. O Brasil pode cair no ranking mesmo se crescer mais que o Reino Unido.

Outro fator a considerar é que, em algum momento desta década, devemos ser ultrapassados, em termos de PIB, pela Índia, país mais pobre que o nosso, mas com população várias vezes maior e crescimento bem mais rápido.

Se as projeções do FMI se confirmarem e a Índia de fato crescer em média 8% ao ano no próximo quinquênio (e deixando de lado eventuais flutuações do câmbio), já à época da próxima Copa do Mundo seremos ultrapassados por ela.

No todo, esses vários números mostram duas coisas. Primeiro, no pouco interessante cenário que se avizinha para a economia mundial nesta década, o Brasil deve continuar sobressaindo como país com bom crescimento que oferece boas oportunidades para empresas e indivíduos de todo o mundo. Segundo, ainda há muito a fazer para aumentar o potencial de crescimento do Brasil. Não devemos nos iludir por oscilações do câmbio e ganhos de posição em rankings internacionais que dependem tanto dos nossos sucessos quanto dos fracassos dos outros. O grande risco é ficar comemorando e se esquecer disso.

O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe.


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos – Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, então, disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me incomoda.

O rato foi até o porco e lhe disse:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:

- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua ví­tima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.

O fazendeiro pegou seu cutelo (pequeno facão) e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.

O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

“O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe.”

* MERCER HUMAN RESOURCES

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

“A Revolução dos Bichos”



George Orwell foi um libertário. "A Revolução dos Bichos", em suas metáforas, revela uma aversão a toda espécie de autoritarismo, seja ele familiar, comunitário, estatal, capitalista ou comunista. A obra é de uma genial atualidade. Apesar de tudo o que alguns poucos homens já fizeram e lutaram, ainda estamos e vivemos sob os que insistem em dominar aquém da ética e além da lei. Sejamos diligentes, a luta continua. Um dia conseguiremos distinguir a diferença entre porcos e homens.
Nélson Jahr Garcia

Discurso de Hélio Bicudo pela Democracia

Hélio Bicudo: A corrupção impede a justiça no Brasil

CCJ poderá deliberar sobre projeto que faculta férias para o presidente da República


Férias anuais de 20 dias para o presidente da República, que poderão ser parceladas em até três períodos, desde que o afastamento ininterrupto do cargo não supere dez dias. Foi o que propôs o então senador Ney Sussuna, em 2006, através de proposta de emenda à Constituição que recebeu o número 3/06. O projeto está incluído na pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O parecer do relator, senador Alvaro Dias (PSDB-PR) é contrário à proposta.

"O presidente da República necessita de períodos de descanso para 'recarregar as baterias' e, desse modo, ter condições físicas e mentais para bem conduzir a sua tarefa de elevado interesse nacional. Essas férias podem contribuir para reduzir a possibilidade de que ele possa adotar atitudes impensadas ou açodadas em razão do nível insuportável de estresse a que esteja submetido ou que seja acometido de enfermidades que possam resultar em seu impedimento, ainda que temporário", argumenta Suassuna.

Mesmo apresentando parecer pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, o relator Alvaro Dias (PSDB-PR), no mérito, posiciona-se contra a aprovação da PEC. Ele observa que a tradição constitucional brasileira não reconhece o direito de férias para os agentes públicos. Ele cita, como exemplo, o caso do Poder Legislativo. A Constituição trata de períodos de recesso dos trabalhos, e não de férias para os seus membros.

Por outro lado, Alvaro Dias destaca que a inexistência de norma constitucional que autorize o presidente da República a gozar férias nunca serviu de impedimento para que, observada a razoabilidade, fosse possível ao governante usufruir de períodos de descanso ao longo do mandato. Ele acrescenta que os políticos, diferente dos demais profissionais, não podem se desvincular de suas obrigações.

"A previsão de férias formais para o presidente da República implicaria no seu afastamento do cargo durante o período, criando instabilidade política e procedimentos burocráticos desnecessários, nos casos em que razões de urgência exijam a interrupção das férias", justifica Alvaro Dias.

Autor: Roberto Homem / Agência Senado

64 Segundos Pra Calar a Boca de Qualquer PTista

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Arnaldo Jabor fala dos 9 anos de corrupção institucionalizada

O Brasil subiu ou o Reino Unido desceu?


Brasil vibra com a notícia de que passou o UK - Reino Unido e se torna a sexta economia do Mundo!

Aos empolgados de plantão, alguns números:
UK tem 1/3 da população Brasileira;
UK tem o IDH 28º e o Brasil 84º;
BR é o 5º país no MUNDO em extensão territorial e o UK 78º.
Brasil lidera devido as exportações, principalmente para a China, mas também sem ter o que comemorar, focada em commodities agrícolas e minerais, ou seja, continuamos sem mão de obra qualificada e sem indústria forte!

A 6ª economia do mundo tem 100 milhões de seres humanos sem saneamento básico.

A 6ª economia do mundo ocupa apenas o 51º lugar no ranking de leitura, 55º no de matemática e em 52º no de Ciências.

O que o Brasil precisa agora é buscar qualidade no crescimento econômico, caso contrário, continuaremos como um dos países mais injustos do planeta.

* @Sen_Cristovam: "Se em economia o Brasil é melhor do que a Inglaterra, então a economia não é um bom indicador de progresso.”
Eu não sou um pessimista, também sei que em 1500 quando o Brasil foi descoberto, já existiam 1 milhão de livros publicados na Europa ... Estamos crescendo contra tudo e contra todos, mas se enganar já e coisa para idiotas!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fascismo quase disfarçado!


Nos anos recentes, o ímpeto petista para cercear a liberdade de expressão e de impressa vem sendo contido por dois fatores: a resistência da opinião pública e a vigilância do Supremo Tribunal Federal. Poderia haver também alguma barreira congressual, mas essa parece cada vez mais neutralizada pela avassaladora maioria do Executivo.

É um quadro preocupante, visto que o PT só tem recuado de seus propósitos quando enfrenta resistência feroz. Aconteceu no Programa Nacional de Direitos Humanos, na sua versão petista, o PNDH-3. Aconteceu também na última campanha eleitoral, quando a candidata oficial precisou assumir compromissos explícitos com a liberdade para evitar uma decisiva erosão de votos.

Mas não nos enganemos. Qualquer compromisso do PT com a liberdade e a pluralidade de opinião e manifestação será sempre tático, utilitário, à espera da situação ideal de forças em que se torne finalmente desnecessário. Para o PT, não basta a liberdade de emitir a própria opinião, é preciso "regular" o direito alheio de oferecer uma ideia eventualmente contrária.

O PT construiu e financia ao longo destes anos no governo toda uma rede para não apenas emitir a própria opinião e veicular a informação que considera adequada, mas para tentar atemorizar, constranger, coagir quem por algum motivo acha que deve pensar diferente. Basta o sujeito trafegar na contramão das versões oficiais para receber uma enxurrada de ataques, xingamentos e agressões à honra.

Outro dia um prócer do petismo lamentou não haver, segundo ele, veículos governistas. Trata-se de um exagero, mas o ponto é útil para o debate. Ora, se o PT sente falta de uma imprensa governista, que crie uma capaz de estabelecer-se no mercado e concorrer. Mas a coisa não vai por aí. O que o PT deseja é transformar em governistas todos os veículos existentes, para anular a fiscalização e a crítica.

O governo Dilma Rousseff deve ter batido neste primeiro ano o recorde mundial de velocidade de ministros caídos sob suspeita de corrupção. E parece ainda haver outros a caminho. As acusações foram veiculadas pela imprensa, na maioria, e a presidente considerou que eram graves o bastante, tanto que deixou os auxiliares envolvidos irem para casa. Mas, no universo paralelo petista, e mesmo na alma do governo, trata-se apenas de uma conspiração da imprensa.

Pouco a pouco, o PT procura construir no seu campo a ideia de que uma imprensa livre é incompatível com a estabilidade política, com o desenvolvimento do país e a busca da justiça social. E certamente tentará usar a maioria congressual para atacar os princípios constitucionais que garantem a liberdade de crítica, de manifestação e o exercício do direito de informar e opinar.

Na vizinha Argentina assistimos ao fechamento do cerco governamental em torno da imprensa. A última medida nesse sentido é a estatização do direito de produzir e importar papel para a atividade. O governo é quem vai decidir a quanto papel o veículo tem direito. É desnecessário estender-se sobre as consequências desse absurdo.

O PT e seus aliados continentais têm tratado do tema de modo bastante claro, em todos os fóruns possíveis. Seria a luta contra o "imperialismo midiático", conceito que atribui toda crítica e contestação a interesses espúrios de potências estrangeiras associadas a "elites" locais. Um arcabouço mental que busca legitimar as pressões liberticidas. Um fascismo (mal)disfarçado.No cenário sul-americano, o Brasil vem por enquanto resistindo bastante bem a esses movimentos, na comparação com os vizinhos. Ajudam aqui a Constituição e a existência de uma sociedade civil forte e diversificada. Mas nenhuma fortaleza é inexpugnável. Especialmente quando a economia depende em grau excessivo do Estado, e portanto do governo.

Nenhuma liberdade se conquista sem luta, sabemos disso. Lutamos contra a ditadura, ombreados, inclusive, aos que só estavam conosco porque a ditadura não era deles. Mas essa liberdade que obtivemos precisa ser defendida a todo momento, num processo dinâmico, pois os ataques a ela também são permanentes.

José Serra foi deputado federal, senador, prefeito e governador de São Paulo, pelo PSDB.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os amigos invisíveis!



"Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.
Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão.
Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra.
É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa.
Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.
E já se está falando mal dele por falta de notícias.
Logo dele que nunca fez nada de errado!
O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva?
A proximidade física nem sempre é afetiva.
Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto.
É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios.
São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade.
Aqueles que não estão perto podem estar dentro.
Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente.
Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua.
Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados.
Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos.
Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação.
Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca.
É glicose no sangue.
A serenidade."

Fabricio Carpinejar

Por favor, vamos respeitar a nossa língua!


Uma belíssima aula de português.
Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.

A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Por favor, vamos respeitar a nossa língua.

Silney Alex Reis

Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?


Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?
O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.
O filho se senta sozinho no topo de uma montanha durante toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.
Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.
O menino está naturalmente amedrontado..
Ele pode ouvir toda espécie de barulho..
Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.
Talvez alguns humanos possam feri-lo.
Os insetos e cobras podem vir picá-lo.
Ele pode estar com frio, fome e sede.
O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele não remove a venda .
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.

Finalmente.....
Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.
Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.

Nós também nunca estamos sozinhos!
Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando para nós, 'sentado ao nosso lado'.
Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.

Moral da história:
Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele não esteja conosco.
Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.

Quem faz o bem, conquista paz interior!



via  

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Seja um celebrante



Amado mestre, porque eu levo tudo tão a sério, a mim e a tudo mais?


Prembodhi, o ego só pode existir se você se leva tudo a sério , você e tudo o mais . Coisas como a brincadeira , como o riso , não matam o ego . Quando você começa a levar da vida como alegria e leveza , o ego tem de morrer , ele não pode mais existir . Ego é doença ; ele precisa de uma atmosfera de tristeza para existir . A seriedade cria tristeza em você . A tristeza é o solo necessário para o ego .


(...)


A pessoa verdadeiramente religiosa tem de ser uma celebrante. Olhe ao redor ... olhe para as árvores – elas são sérias? Olhe para os pássaros , ouça-os – eles são sérios ? A existência é completamente não-séria; ela vive dançando. Ela é uma eterna celebração , é uma festividade .


Somente o homem é sério , porque somente o homem tem tentado criar uma separação entre ele mesmo e a existência . Ele não quer ser parte do todo , porque , então , ele desaparece. Ele quer sua própria identidade , seu próprio nome , sua própria forma , sua definição . Mesmo que isso crie miséria está bem , mesmo que ele tenha de viver no inferno , ele está preparado para isso .


(...)


O ego quer ser o primeiro , o ego quer pôr todo mundo abaixo dele; daí ele se levar a sério . Daí ele ser perfeccionista: ele exige perfeição , que é impossível . Ninguém é perfeito ; ninguém pode existir por um único momento se for perfeito . A imperfeição é o jeito da vida , porque é possível crescer somente se você for imperfeito . Se você for perfeito , não haverá mais nenhum crescimento , mas nenhuma evolução . Se você é perfeito , você está parado. Perfeição quer dizer morte ; imperfeição quer dizer fluxo , crescimento , movimento , dinamismo .


O ego exige perfeição da própria pessoa e dos outros também . Ele pede pelo impossível e, como o impossível não pode ser alcançado, ele pode continuar vivendo. Ele não é feliz com o comum , com o ordinário ; ele quer o extraordinário , e a vida consiste somente do comum . Mas o comum é belo ! O comum é delicado ! Não há nenhuma necessidade de nada extraordinário . A vida comum é sagrada , mas o ego a condena como mundana . Ele exige uma vida extraordinária . Daí todas as religiões continuarem a inventar histórias sobre seus fundadores , as quais são todas inverídicas: Moisés separando o mar , Jesus andando sobre a água ... todas essas histórias são invenções , mentiras criadas pelos seguidores só para provar que seus mestres são extraordinários – que ele não é um ser humano comum .


De fato , a verdade é que você não pode descobrir um ser humano mais comum do que Buda , Mahavira, Jesus, Moisés, Zarathustra, Lao Tzu... Eles são tão simples ! Eles se aceitaram com são . Eles vivem o que é, em tathata. Eles não almejam por nenhuma perfeição . Eles vivem perfeitamente com o mundo imperfeito , ficam completamente contentes com ele . E eles não se levam tão a sério , que têm de atingir a grandes alturas , grandes picos , que eles têm de suplantar a todos . Eles não são insanos ! Eles são pessoas belas e a beleza deles consiste em ter aceitado o comum como extraordinário , o mundano como sagrado .


Prembodhi, você pergunta : “ Por que eu levo tudo tão a sério , a mim e a tudo mais ?”.


Todo mundo leva a si e aos outros seriamente. Esse é o jeito do ego existir . Comece a ser um pouco mais brincalhão e você verá o ego evaporando. Leve a vida não-seriamente, como uma piada – sim , como uma piada cósmica. Ria um pouco mais . 
OSHO, The Dhammapada, V.10, # 10"


Copiado do Luiz Eduardo. Gracias.

Santos 0 x 4 Barcelona - Final Mundial de Clubes 2011



Barcelona joga um futebol de salão nos gramados!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Notas sobre um livro


1) Não há nenhum motivo para que a imprensa não noticie e não comente o lançamento do livro “Privataria Tucana” , de Amaury Ribeiro Júnior, como não havia para que não noticiasse ou comentasse o livro “O Chefe”, de Ivo Patarra.
Não há motivo, portanto, para que só a publicação de notícia sobre um deles seja exigida, enquanto o outro continua ignorado.
2) Uma das informações de maior impacto do livro é a acusação de que Ricardo Sérgio de Oliveira, homem forte das privatizações, ex-tesoureiro da campanha de FHC , e ligado a José Serra, teria recebido propina de 15 milhões de dólares de Benjamin Steinbruch para facilitar a vitória de seu consórcio no leilão da Vale . A acusação foi publicada em maio de 2002 pela revista Veja, paradoxalmente a mesma que é acusada hoje de falta de credibilidade pelas acusações contra ex-ministros demitidos pelo atual governo.
A informação sobre suposta propina que teria sido paga por Carlos Jereissatti na formação do consórcio das teles que arrematou a Telemar também foi publicada pela Veja e por vários jornais e revistas. O que comprova que a imprensa sempre cumpriu o seu papel, e só passou a ser contestada e chamada de “golpista” quando o protagonista da noticia era alguém do partido errado.
3) As considerações do autor do livro sobre todo o processo de privatização representam as razões de um dos lados do debate ideológico que contrapõe em todo o mundo o dirigismo estatal ao modelo liberal de Estado mínimo. O próprio uso da palavra “privataria” reflete uma opção ideológica.
Não há no livro referência à sentença do juiz da 17ª Vara Federal sobre a licitude do processo de privatização da Telebrás no caso da denúncia do Ministério Público Federal contra Luiz Carlos Mendonça de Barros e outros no famoso episódio do “limite da irresponsabilidade”. O juiz absolveu os acusados, dizendo que eles defenderam o interesse do Estado (estimulando a criação de um consórcio que aumentaria o preço mínimo do leilão) e não se locupletaram ou beneficiaram pessoalmente de suas ações.
4) O emaranhado de documentos copiados dos arquivos públicos da Junta Comercial, mostrando inextrincáveis criações, extinções e multiplicações de empresas, mudanças de razão social, saídas e entradas de sócios, mudanças de cargos, movimentações enigmáticas em paraísos fiscais, dão ao livro a solene impressão de uma farta “documentação”, mas faltou um editor ou um especialista em finanças para explicar o que significa cada uma dessas coisas e qual é a relação entre elas.
Ficamos sabendo que José Serra tem uma filha que era sócia de Veronica Dantas, irmã do famigerado Daniel (o que em si não chega a constituir crime) e que tem um “primo político” (casado com uma prima) e um genro aparentemente muito ativos em tenebrosas transações. Todos eles, supostamente, abriam, fechavam e multiplicavam empresas para lavar dinheiro e internalizá-lo legalmente no País.
Mas de onde vinha esse dinheiro ? Há uma vasta coleção de divagações, suposições, insinuações, ilações, que levam a uma conclusão que quer parecer óbvia porém não é comprovada: seria dinheiro desviado das privatizações. Não há prova nem indício do chamado “crime antecedente”, que a lei exige para a tipificação do delito da lavagem de dinheiro.
O livro virou uma peça da guerrilha política que ocorre em algumas rotas do ‘bas fond” das redes sociais e, até prova em contrário, está destinado a provocar mais calor do que luz. 

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Um ano perdido!


#Dilma 2011: "Começou com uma expectativa muito grande, falando em reforma polícia, tributária, em combate implacável à corrupção. #nada
1 ano perdido para uma nação, triste! Governa #Dilma - PIB cai, inflação sobe, indústria desacelera ... 7 ministros foram ... que venha 2012
Números mostram ineficiência do governo #Dilma em 2011:
Ministérios, hoje são 39, país funcionaria com 27 ou 28, receberam 26 do governo FHC
O gasto com pessoal subiu 11,8% na comparação com 2010.
Polícia Nacional sobre Drogas (16,37%).
O Luz para Todos (0,27%), a implantação de sistemas de esgoto (0,41%)
No Minha Casa, Minha Vida, o valor não chega a 1%
Executivo gastou apenas 16,9% do previsto para o PAC

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Você tem sede de que?


A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede!
Carlos Drummond de Andrade

Leitura

Uma boa leitura dispensa com vantagem a companhia de pessoas frívolas." (Marquês de Maricá)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Educação

"Não é a terra que constitui a riqueza das nações, e ninguém se convence de que a educação não tem preço". Rui Barbosa

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Uma Democracia de Verdade


Eu acho que é preciso continuar a acreditar na democracia, mas numa democracia que o seja de verdade. Quando eu digo que a democracia em que vivem as atuais sociedades deste mundo é uma falácia, não é para atacar a democracia, longe disso. É para dizer que isto a que chamamos democracia não o é. E que, quando o for, aperceber-nos-emos da diferença. Nós não podemos continuar a falar de democracia no plano puramente formal. Isto é, que existam eleições, um parlamento, leis, etc. Pode haver um funcionamento democrático das instituições de um país, mas eu falo de um problema muito mais importante, que é o problema do poder. E o poder, mesmo que seja uma trivialidade dizê-lo, não está nas instituições que elegemos. O poder está noutro lugar. 

José Saramago, in 'Lancelot (1997)'

A Fraqueza Crónica de um Sistema Democrático de Governo


A fraqueza crónica de um sistema democrático de governo, em oposição à ocasional, parece ser proporcional ao grau da sua democratização. Os mais poderosos e estáveis estados democráticos são aqueles onde os princípios da democracia foram menos lógica e consistentemente aplicados. Assim, um parlamento eleito segundo um sistema de representação proporcional é um parlamento verdadeiramente democrático. Mas é também, na mairoria dos casos, um instrumento não de governo mas de anarquia. A representação proporcional garante que todos os sectores da opinião estarão representados na assembleia. É o ideal da democracia cumprido. Infelizmente, a multiplicação de pequenos grupos dentro do parlamento torna impossível a formação de um governo estável e forte.
Nas assembleias proporcionalmente eleitas os governos têm geralmente de confiar numa maioria compósita. Têm de comprar o apoio de pequenos grupos com uma distribuição de favores mais ou menos corrupta, e como nunca conseguem dar o suficiente ficam sujeitos a ser derrotados em qualquer altura. A representação proporcional em itália conduziu ao fascismo através da anarquia. Causou grandes dificuldades práticas na Bélgica, e agora ameaça fazer o mesmo na Irlanda. Encontram-se governos democráticos estáveis em países onde as minorias, por muito grandes que sejam, não estão representadas, e onde nenhum candidato que não pertença a um dos grandes partidos terá a mais leve possibilidade de ser eleito. Os parlamentos em tais países não são de modo nenhum representativos do povo. São totalmente não democráticos. Mas possuem um grande mérito, que compensa todos os seus defeitos: podem formar governos suficientemente fortes para governar. 

Aldous Huxley, in "Sobre a Democracia e Outros Estudos

sábado, 10 de dezembro de 2011

A carroça vazia


Certa manhã o meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque.
Deteve-se subitamente numa clareira e perguntou-me:
- Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos e respondi:
Estou a ouvir o barulho de uma carroça.
- Isso mesmo, disse o meu pai, de uma carroça vazia.
Perguntei-lhe:
- Como sabe que está vazia, se ainda a não vimos?
- Ora, é fácil! Quanto mais vazia está a carroça, maior é o barulho que faz.
Cresci e hoje, já adulto, quando vejo uma pessoa a falar demais, aos gritos, tratando o próximo com absoluta falta de respeito, prepotente, interrompendo toda a gente, a querer demonstrar que só ele é dono da verdade, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai a dizer:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Usina de Belo Monte na visão do Prof. Dr. Arsenio Oswaldo Sevá Filho da #Unicamp

Em longa entrevista por Karina Botião, no programa Ação Nacional, de 17 de junho de 2011, da TV Século 21, o Prof. Dr. Arsenio Oswaldo Sevá Filho, do Departamento de Energia da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, fornece detalhes técnicos e socioambientais envolvidos na construção da Usina de Belo Monte.




Material compartilhado do blog da Professora Sonia
Contatos: professorasonia@folha.com.br
Twitter: @PersonalEscrito

Ação Nacional Usina Belo Monte part 02

Ação Nacional Usina Belo Monte part 03

Ação Nacional Usina Belo Monte part 04

A roupa nova do rei


Um bandido, se fazendo passar por um alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.
O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.
Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do suposto "alfaiate". Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!", embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei. Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O bandido garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais. A única pessoa a desmascarar a farsa foi uma criança: "O imperador está nu!". O grito é absorvido por todos, o imperador se encolhe, suspeitando que a afirmação é verdadeira, mas mantém-se orgulhosamente e continua a procissão.

Hans Christian Andersen.


domingo, 4 de dezembro de 2011

A Força Tardia mas Eficaz do Intelecto


Sejam quais forem os sentimentos e os interesses humanos, o intelecto é, também ele, uma força. Esta não consegue prevalecer imediatamente, mas por fim os seus efeitos revelam-se ainda mais peremptórios. A verdade que mais fere acaba sempre por ser notada e por se impor, assim que os interesses que lesa e as emoções que suscita tenham esgotado a sua virulência. 

Sigmund Freud

sábado, 3 de dezembro de 2011

Lua Floripa

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A alquimia é a ciência com consciência


Os resultados materiais são apenas as promessas do resultado final, que é espiritual. Tudo se dirige para a transmutação do próprio homem, para a sua divinização, a sua fusão com a energia divina fixa, da qual irradiam todas as energias da matéria. A alquimia é a ciência com consciência de que Rabelais fala. É uma ciência que humaniza, para repetir uma expressão do Pe. Teilhard de Chardin, que dizia: A verdadeira física é a que conseguir integrar o Homem total numa representação coerente do mundo.

Transmutação


Para os observadores verdadeiramente atentos, os problemas que se põem à inteligência contemporânea já não são problemas de progresso. Há alguns anos que a noção de progresso deixou de existir. São problemas de mudança de estado, problemas de transmutação. Neste sentido, os homens atentos às realidades da experiência interior vão na direção do futuro e dão solidamente a mão aos sábios de vanguarda que preparam o surgimento de um mundo sem nada de comum com o mundo de pesada transição no qual vivemos ainda por algumas horas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011