sábado, 28 de setembro de 2013

A Censura!


A nossa sociedade autoriza tudo o que não a incomoda. Se isto já não é plenamente verdade nos nossos dias, e se estamos em crise, é porque o interesse imediato dos que estão no poder se encontra em contradição com os valores que fundamentam este mesmo poder. É necessário, por exemplo, incentivar o consumo que os enriquece, em detrimento da moral que os legitima. Pela primeira vez, o poder fundamenta-se na confusão e não na ordem. Daí a mentira generalizada, de que a língua sofre. 



A permissividade atual autoriza que se diga tudo porque este tudo já não significa nada. A palavra torna-se inofensiva por privação de sentido. A escrita sofre a mesma privação nas suas formas normalizadas: publicidade, jornalismo, best-sellers, que passam por escrita quando não o são. 

O objetivo da antiga censura consistia em tornar o adversário inofensivo, privando-o dos seus meios de expressão; a nova - que denominei censura - esvazia a expressão para a tornar inofensiva, método mais radical e menos visível. 

Bernard Noel, in 'O Castelo da Ceia (posfácio/carta)'



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Um abismo chamado Brasil ...

Hoje tive a oportunidade de acompanhar o meu filho, que participa de um campeonato de basquete entre escolas públicas e privadas que acontece aqui em Florianópolis e pude visualizar o grande abismo chamado Brasil.

Os jogos ocorreram numa escola pública aqui do bairro, confesso que fiquei surpreso com o ginásio da escola, novo, espaçoso, conservado, mas a surpresa positiva acaba por aí. O primeiro jogo não ocorreu, pois uma das escolas públicas, não conseguiu chegar porque o transporte público está em greve.  

Quando a segunda escola chegou, consegui constatar o “tal do abismo”. A professora chegou com um grupo de alunos, sem uniforme, sem transporte exclusivo, pegaram um ônibus que ainda não tinha aderido à greve, isso mesmo, a professora recebeu verba do governo para pagar as passagens e trazer todos os alunos, sob sua responsabilidade, num ônibus de linha normal, não foi um transporte fretado e não existe um transporte escolar para levar os alunos até o local dos jogos!

Antes de começar o jogo, a professora da escola pública tirou fotos, deu um colete para cada aluno e começou a partida, que foi totalmente desigual, placar de 42 x 3 para a escola privada. As crianças tinham a mesma idade, estatura, todos são brasileiros, mas um imenso abismo separa esses dois mundos. De um lado um time organizado, uniformizado, com estratégia de jogo, amparado na meritocracia, sim, pois na escola do meu filho, mesmo sendo particular, se o aluno não tem notas boas, não adianta ser o melhor jogador do mundo que ele não participa do time. Do outro lado, crianças correndo atrás da bola, desmotivadas, talvez cansadas pelo deslocamento até o local da partida e totalmente desfocadas do objetivo, visivelmente sem treinamento adequado!

Perder um jogo não significa nada, mas talvez possa ilustrar o abismo do qual estou falando! Se não existe uma estrutura mínima, um treinamento adequado, como essas crianças vão competir no mercado de trabalho? Na escola dos meus filhos tem piscina, quadras, teatro, diga-se de passagem, o único teatro do norte da ilha, inspirado em viagens que o dono da escola fez pela Europa e pesquisas que realizou no Brasil. Tem laboratório de informática, aulas de inglês e espanhol, professores qualificados que são cobrados por resultados e podem ser demitidos caso não atinjam as expectativas de diretores e pais de alunos.

Talvez a derrota de hoje, reflita na derrota de amanhã, quando menos preparados para o mundo real, tarde demais, possam descobrir que não tem como voltar no tempo, que não tem como compensar os anos perdidos e o total abandono do governo frente a algo tão importante para a independência de uma Nação, investir nas crianças, no futuro, na educação!

#DespertaGigante 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Caráter Nacional ... Artigo de @ToniFigo1945

In memoriam ao nosso solzinho” Edna @opcao_zili, que levou um pedacinho de cada um de nós e nos deixou seu sonho brasileiro a realizar.

Lá pelos idos anos 50 do século passado a presença da criança nas “salas de visitas” era pouco frequente, a não ser, quando visitantes de “primeira sentada” naqueles sofás cheirando a novos, pois recebiam muito poucos traseiros, a prole era de “apresentação obrigatória”. Este acontecimento sempre era uma oportunidade única aos “piralhos” de exibirem seus “dons” e aptidão para enfrentar o futuro, então uma perspectiva “muito distante”. Minha irmã caçula, então no berço e minha outra irmã, a “fadinha de cachinhos dourados” com direito a um “xuca-xuca”, sentada no colo do meu pai, não participavam ainda dacompetição”. Esse “páreo” só era corrido por meu irmão e eu e com um “handicap” totalmente favorável.  Bem, ele além de ser o primogênito, ainda herdara o nome do avô paterno. Ele era o “Neto” e, portanto o primeiro na linha sucessóriaJá eu, o segundo, tinha que ser “saliente”, para ser notado, o que sempre conseguia e invariavelmente vinha a pergunta, antes de ser tocado da sala para que começassem as conversas de adultos: O que você vai querer ser quando crescer? Como toda criança respondia com pelo menos quatro grandes certezas, sem deixar de mencionar a outra meia dúzia de convicções sentadas no “banco de reservas”.

Tem um futuro promissor, diziam alguns. Tem grandes qualidades, arrematavam outros. Eu e o Brasil despontávamos como “grandes promessas” e o que eu ouvia há 60 anos, já se ouvia do Brasil há mais de um século e foi atrás dos porquês da não transformação de promessas em realidade, que fui buscar na História algumas referências. Neste final de semana assisti a dois programas, que o “acaso”, (para quem acredita), apresentou e que foram muito elucidativos. Um foi na Globo News - PAINEL, de sábado à noite, que discutia a atual crise política brasileira apresentado pelo jornalista William Waack, tendo como convidadosBolívar Lamounier,Roberto da Matta Fernando Schuler do IBMEC. Por consenso discutiu-se as atuais carências como sendo de Crise de Autoridade, Perda de Valores e Limites da Democracia Liberal e uma Crise de Convicções. Contudo, para mim a mais importante delas e que foi mencionada muito ligeiramente pelo condutor é a Crise do Caráter Nacional. Qual o “dogma nacional”, que diz o papel do Brasil no Mundo Moderno e seu protagonismo.

Aqui me lembrei da influência do Iluminismo que atiçou a “chama da liberdade” com a Revolução Americana, mas que acabou por incendiar a Revolução Francesa e a importância do postulado comum: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, um propósito interno, mas que serviu para moldar a apresentação ao mundo de então de que ideias prevaleceriam nas ações internas e internacionais desses países. Lembrei-me também da Alemanha Nazista, que na busca de um projeto hegemônico tornou-se uma potência tecnológica em Energia Nuclear, Astronáutica, Equipamento Bélico, Ótica e Siderurgia. E da Alemanha Moderna, que mesmo com um custo de 1,3 trilhões de Euros no seu processo de Reunificação, pós Muro de Berlim, ainda se mantém como a Economia mais estável e basilar da Comunidade Econômica Europeia e também da antiga União Soviética, com seu postulado de um “regime comunista”. Difícil imaginar o poderio dessa Alemanha nos dias atuais, não fosse o erro de Hitler, quanto à imposição do Arianismo, se tivesse usado todo o “potencial racial” alemão harmonicamente. Hitler não conseguia enxergar além do seu tempo e ambições.

O outro programa foi no History, que versava sobre os 40 dias de Jesus na terra após a ressurreição, mas que abordava a importância da adoção por Constantino do simbolismo da Cruz na batalha de Ponte Milvia contra Maxêncio em Outubro de 312 pela Reunificação do Império Romano, (324 D.C.)Após esse evento o Cristianismo deixou não só de ser perseguido, como se tornou a “religião do estado” e para isso Constantino fez convocar o Concílio de Nicea, (325 D.C.) e nesse evento criou-se o CREDO, não só a uma “profissão de fé”, mas principalmente um princípio basilar imperial na condução do seu Império. Aqui no Brasil este tipo de decisão estratégica foi adotado única e exclusivamente em duas oportunidades e isso é muito fácil se perceber historicamente. A Independência foi claramente um ato de “dividir mantendo unido”, pois a recomendação de Dom João VI na sua partida foi muito clara: ”Antes que um aventureiro...” e isso implicava na manutenção do Reino Unido de Portugal e Algarve a todo custo. O problema foi a rebeldia do Parlamento Brasileiro de 1826 a 1831 contra o autoritarismo de Dom Pedro I e a usurpação do trono português por Dom Miguel em 1828.
No Segundo Império tivemos pela personalidade de Dom Pedro II e sua admiração incondicional ao processo de desenvolvimento americano a primeira tentativa de desenvolver um caráter nacional, através das muitas iniciativas de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, de copiar aquele modelo, mas estrutura feudal política e militar baseada nos “donos da terra” e principalmente pela posição “anti-escravagista” do Imperador minou esses esforços e levou à Proclamação da República sob a inspiração do Positivismo, semque o Brasil tivesse aprendido as lições históricas do Iluminismo. Tanto a República Velha e sua subsequente foram carentes de medidas nesse sentido e somente durante o Governo Vargas o Brasil construiu sua primeira siderúrgica, (CSN-1946), mas somente operacional no Governo Dutra e as iniciativas mais contundentes foram dadas por Juscelino Kubitscheck nos seus “50 anos em 5”, com a introdução da Indústria Automobilística . Willys Overland do Brasil iniciou a fabricação do Jeep com componentes nacionais em 1957 e com o motor nacional em 1959 e o Dauphine a partir de 1959. A DKW VEMAG iniciou a fabricação da VEMAGUETE em 1959. A FORD lançou em 1957 sua linha de caminhões e caminhonetes, assim como a GENERAL MOTORS em 1958. Volkswagen ainda que começada a instalar-se em 1953 no Governo Vargas só tornou-se uma efetivamente industrial já nos Governos Militares (1967).

Coube, entretanto aos Governos Militares de 1964 a 1985 dar o passo mais largo nesse sentido, tratando como um todo a carência infraestrutural do Brasil e objetivando um “projeto hegemônico regional” na América Latina e nesse sentido desenhar efetivamente o primeiro “plano de caráter nacional”. Aatuações diversificaram-se com as políticas de: extinção da SUMOC e sua conversão no CMN, (Conselho Monetário Nacional); Substituição de Importações, que fez da indústria brasileira uma das mais diversificadas do Mundo; o Programa do FGTS e BNH como garantia efetiva dos direitos do trabalhador e base do Programa da Casa Própriao MOBRAL e ampliação do Ensino Universitário; o Programa Nuclear, o Parque Industrial de Armamentos; o Regime Hidrelétrico Brasileiro, inclusive com objetivo da Segurança Nacional; PortosAeroportos; Ferrovias e Rodovias, Projeto RADAM responsável pelas novas províncias minerais, PROALCOOL, a liderança mundial na utilização de combustíveis renováveis, em face da Crise do Petróleo de 1973a agregação de 4,4 milhões de km2 pela Extensão dos Direitos Exclusivos de Exploração do Mar em até 200 milhas náuticas e onde se encontram as principais províncias petrolíferas e o Pré-Sal, a abertura das novas fronteiras agrícolas de Mato Grosso e Cerrado Minas Gerais, (Projeto Jaíba). Isso sem mencionar a Ferrovia do Aço, Ponte Rio Niterói, Mineroduto BH/Vitória-ES.

Foi o maior processo transformador infraestrutural de todos os tempos do Brasil e ainda que isto venha a provocar “brotoejas” em muita gente, esse foi o ”lado bom” da Revolução de 64, pois aos Generais Presidentes nunca se questionou: o nacionalismo; a honestidade e o patriotismo e a rigor creio, que para um planejamento tão complexo as origens e preparação desse movimento seja muito anterior a isso, pois foi uma obra digna da “melhor engenharia militar”. Esse “projeto de nação” foi construído e embasado em uma Divida Externa de US$ 230 bilhões e dentre todos os países que se endividaram nesse período foi a única a se justificar em realizações. As dívidas de Argentina e México sempre foram suspeitas de enormes desvios. Isto é fato. Isto é História.

A partir da Nova República mais nada se fez nessa direção e todo esse projeto entrou em colapso no ano de 2002 com o “apagão elétrico” no Governo FHC e o Brasil seguiu descuidando da sua infraestrutura, pois as grandes iniciativas foram exclusivamente no sentido da organização interna, (Plano Real, Lei de Responsabilidade Fiscal, Privatizações e Agências Reguladoras), no Governo Fernando Henrique e o Resgate da Miséria e a Redistribuição de Renda nos Governos do PT, o que o impediu e impede de competir em igualdade nos Mercados Globais. Tampouco o país se integrou aos Blocos Econômicos Globalizados e nem fez avançar os Acordos do MERCOSUL e assim parece atualmente que a única aspiração global do Brasil seja uma Cadeira Permanente no Conselho de Segurança da ONU. Na política interna discute-se o Controle da Mídia e a Comissão da Verdade, como se fossem essenciais aos ONP (Objetivos Nacionais Permanentes). Ao olhar com meus “olhos de 1964” afirmo: Choro pelos muitos “heróis do ideal”, que morreram por suas “verdades convictas”, mas não pelos sobreviventes “mercadores de contos” de quem somos reféns nos dias de hoje. São muito poucos em número e sinceridade para fazer 200 milhões de reféns na sua “luta privada”.

Uma afirmação do antropólogo Roberto da Matta chamou minha atenção naquele programa: Na Assembleia Nacional Constituinte em 1988 o Congresso Nacional contava com pelo menos 10 a 20“lideranças nacionais” relevantes e hoje não se consegue apontar cinco nomes”. Pois bem, não existem no Brasil de 2013 líderes e projetos para mudar essa realidade brasileira. É só cotizar os nomes que se apresentam e os que podem vir a se apresentar, bem como os Partidos existentes e os em organização para as Eleições de 2014 com o tamanho do desafio, para constatarmos isso. Um Governo de Coalizão entre PT, PMDB e PSDB é um “sonho impossível”. Nem eles o fariam e tampouco o Brasil merece essa consideração deles. Assim, se quisermos um “Brasil Novo”, temos nós Eleitores, que começar a forçá-los a mudar, para que em 2022 tenhamos lideranças e partidos políticos representativos. Senão..., não sei! Certamente não gostaria de estar aqui para ver, principalmente porque aos 80 anos, morre-se sem poder lutar, além de ver os filhos, netos, bisnetos e amigos morrendo sem nada poder fazer com nosso “espírito revolucionário aposentado”.

Pense comigo ...

Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Rituais de Passagem ... Artigo de @ToniFigo1945

Conta a história que a corrupção nasceu com a Humanidade. Não sei exatamente quantos anos Adão e Eva viveram felizes no Paraíso e aqui me lembrei daquele filme, que lançou a Brooke Shields, a LAGOA AZUL. Diz a Bíblia, que passeavam felizes, inocentes e inconscientes da sua nudez até que a “insidiosa” cobra mostrou a Eva o “fruto proibido”. Também não sei por quanto tempo Eva conseguiu manter segredo do seu contato reservado com a cobra, assim também como não sei exatamente que tipo de “fruto proibido” a cobra mostrou à Eva. Guardo severas desconfianças com relação a essa estória de que fosse uma maçã, pois como maçã regularmente, inclusive perambulando pelas ruas e nem por isso vejo maravilhosas e oferecidas  mulheres nuas transitando ao meu redor e nem meus olhos poupados de muito bagulho. A propósito, a conclusão é porque ainda diz a Bíblia, que após come-“la”, tornaram-se conscientes da sua vergonha e nudez. Foi exatamente nesse fato que se configurou o primeiro ato de corrupção da Humanidade e Deus com sua Justiça Divina, um conceito de difícil compreensão nos dias de hoje, “cassou-lhes” as mordomias paradisíacas e jogou-os e à sua descendência à própria sorte e pela primeira vez houve uma condenação por corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e pela teoria do domínio do fato.

Não vou transcorrer aqui sobre a compra de direitos primogênitos com uma sopa de lentilhas, negociações por trinta moedas e mais um sem contar de utilização do método, pois não vou reescrever o que já está escrito. Quero falar-lhes da minha percepção e experiência quanto ao hábito, acontecidas lá pelos idos de 1959, quando adolescente fui obrigado a começar a “ganhar o pão com o suor do meu rosto”, em meu primeiro emprego como “menor aprendiz”. Consistia de recolher correspondências bancárias e pagar contas em uma caminhada partindo da Praça da Sé, Rua 15 de Novembro, Boa Vista, Florêncio de Abreu e depois até a Praça da República e de volta à Barão de Paranapiacaba e isso com “hora marcada” entre às 09:00 hs e 11:00 hs da manhã, além da obrigação de ir ao bar da esquina buscar lanchinhos para os marmanjos do escritório e até mesmo entregar bilhetinhos amorosos desses mesmos marmanjos às moçoilas namoradeiras que se apresentavam nas janelas dos prédios vizinhos.

Comparar tempos, tecnologia e disponibilidade de informação é sempre muito revelador e renovador de conceitos no estudo dos relacionamentos humanos. Na década de 50 a quantidade de domicílios que contavam com aparelhos eletrodomésticos e de televisão, em especial, mesmo nas grandes metrópoles era mínima, pois mesmo a compra de um aparelho de rádio, equivalia à compra de uma televisão de tela plana nos dias de hoje. Mesmo os jornais eram seletivos e discriminativos mantendo uma relação qualidade de informação versus preço e à população mais pobre só eram acessíveis os “tabloides, que espremidos vertiam sangue”, entretanto o “jornalismo de opinião” vivia uma grande época, principalmente pelo final da II Grande Guerra, que decretou também o fim da Ditadura Vargas. À criança a única informação disponibilizada quanto aos “assuntos adultos”, principalmente os Políticos, eram as noções de Moral e Cívica nas quais se restringia à apresentação dos símbolos nacionais e o ensino de hinos. O Patriotismo era ensinado junto com as aulas de História do Brasil e Geografia.

Naqueles tempos um menino ao ser introduzido no mundo adulto através do trabalho, ainda com um pé no mundo infantil, sempre significava uma situação traumática e para quem não sabe ou se lembra, as crianças sempre eram mantidas à distância das conversas e reuniões adultas. “Vá brincar lá fora. Isto não é conversa para pirralhos”, diziam e à criança de treze ou catorze anos, que embora já se atrevesse aos namoricos de beijos roubados, uma nova brincadeira, ficava à distância imaginando o porquê do hermetismo daquele outro mundo. A inclusão em regime de subserviência só era admitida na obediência de ordens adultas, de qualquer adulto, do faça isso ou faça aquilo, vá aqui, vá ali. Esses mistérios tão insondáveis exclusivos dos “mais velhos”, com um misto de curiosidade e segregação nos incitavam a nos tornarmos adultos mais rapidamente. Quem há de se esquecer das primeiras calças compridas com cintos, da voz esganiçada em falsete e dos pelos pubianos, que prenunciavam uma mudança do menino para o rapaz, que rumava ao seu “primeiro dia” de trabalho?

Era assim ao ser introduzido nesse novo mundo que íamos fazer as descobertas por conta e risco próprios. Pouca ou nenhuma informação era dada à criança para essa transição. A pouca educação sexual era a do instinto ancestral velho conhecido nos “troca-troca” e campeonatos de “arco de mijo, de tamanho de piroca e de punhetas” entre a molecada e por isso muitos de tornaram vítimas de pedofilia. Os “direitos do adolescente” eram o “direito a direito nenhum” e em especial quanto ao “direito de opinião”. O jovem adolescente não era “integrado” nessa “nova sociedade” e sim “corrompido” e mesmo assim festejava a sua nova condição de adulto. Com os colegas de trabalho mais velhos, que riam e debochavam da nossa virgindade, descobríamos a “zona” na Praça Julio Mesquita e nas Ruas Aurora e Timbiras, aquelas das “trepadas de 10 cruzeiros”, com direito a gonorreia e “chatos” de brinde, o primeiro “porre de cachaça” nas festas de final de ano, debaixo das risadas de todos os “adultos” e também de suspeitar da troca de olhares entre o “chefe” e a “secretária gostosa”, de quem espiávamos as “calcinhas”. Era pagando com nosso salário as “diferenças de troco” dos caixas de banco, que aprendíamos a “desconfiar” da honestidade alheia e a exercitar a nossa própria desonestidade escondendo os excessos recebidos, os “pasteis não pagos” ao chinês e as passagens sonegadas nos ônibus e bondes sem roleta de então. Não existia ainda o “bullying”.

Um “comportamento democrático” herdado acaba por ser o transmitido, só que nossa geração resolveu, que isso tinha que mudar e não transmitiu o que julgou anacrônico, porém se omitiu em transmitir um “new behavior” e por isso seguiu-se um tempo de “excessiva liberdade” ou “libertinagem” contra todos os tabus. Fizemos a Revolução Sexual, não batizamos nossos filhos em uma religião, não coibimos suas exigências descabidas e tampouco permitimos que passassem pelos apertos, que passamos. Demos e permitimos a eles tudo o que gostaríamos de ter feito ou tido e eles rebeldemente tudo receberam, como se fossem “direitos ancestrais adquiridos”. Ensinamos lhes a “liberdade”, mas não a “responsabilidade”, que à duras penas aprendemos. Ao desobrigá-los do “trabalho adolescente” celebramos como se fosse a “abolição da escravatura”, pensando que se “estudassem” seriam melhores cidadãos. Erramos... Criamos uma geração amoral e a mais competitiva de todos os tempos, para a qual o acesso aos “melhores postos” ainda é uma questão de “seleção natural” pela melhor qualificação profissional. Esquecemo-nos dos ensinamentos de Filosofia. Vae victis... 

Mas desde nossos filhos muita coisa mudou e isto este “velho menor aprendiz”  aprendeu com um enteado de quinze anos já “pai menino” e viciado em drogas, (maconha e cocaína) através do seu comportamento e sua capacidade de iludir e mentir, quanto a sua maior adaptabilidade ao “estilo de vida” sobrevivente de hoje. Mostrou-me ele, que ainda que nessa idade, já conhecia muito mais da vida, que eu aos trinta anos, profissional formado e pai de um filho de 10 anos. Isso aconteceu há vinte e cinco anos atrás e fico imaginando “como e de que forma” esses jovens de hoje trocam, tem acesso e são capazes de digerir tanta informação. Somos capazes de evoluir e acompanhar a evolução dos tempos, mas nossas cabeças não são capazes de pensar no “tempo deles”. Somos analógicos. Eles digitais.

O que se percebe de mais evidente é um choque entre a ideologia da nossa geração com o pragmatismo desta que #vempraqrua. Os valores comportamentais que recebemos de nossos pais, bisavôs desta geração, hoje são chamados de “valores reacionários e burgueses” e, portanto, inadequados para o “progressismo atual”. E é isso que nos cobram. Como aplicar os “valores de ética e moral” em um mundo altamente competitivo, no qual tais valores podem significar uma “desvantagem competitiva”, pois poderá custar o “seu” desemprego, a “sua” faculdade, o “seu” lugar na fila, enfim a “autodefesa do eu”. Alguns, pacificamente exigem a Ética, não como “padrão de moralidade”, mas sim como “igualdade de condições” de competitividade, já outros, iconoclasticamente, “botam prá quebrar”, expondo o desejo íntimo coletivo de fazê-lo e quem diz que admitir isso é admitir a barbárie, que procure desde logo sua caverna de refúgio, porque nos “tempos de hoje”, quem não arranha não mama e é isso que eles querem dizer. Manipulados e financiados ou não.

Por que muitos jovens hoje não querem sair de “debaixo da asa” familiar ou após algum fracasso para lá retornam? Os preparamos mal ideológica, psicológica ou pragmaticamente? Não... Não podem nos culpar, pois afinal cada geração sempre teve que lutar para “conseguir seu espaço” e esta geração não foge à regra. Contudo, se eventualmente nos omitimos em algo ao “preparar o futuro”, ainda há tempo, pois se uma coisa esta geração sempre soube fazer foi “radicalizar e criar”, mostrando-lhes, que se a cultura latina sempre preparou para a guerra ou para a paz exclusivamente e não nos ensinou a “administrar conflitos” como uma fase intermediária e por isso, politicamente, nos preparou para sermos exclusivamente Poder, devemos lembrá-los, que o brasileiro não sabe ser Oposição. Da geração da “obediência cega” partimos direto para a da “desobediência cegante”. Esses são os “rituais de passagem” mutantes no tempo. Temos que cursar junto com eles esses “anos saltados” e aprender a reivindicar com energia, a protestar com razões consistentes, a acusar prudentemente e a punir coerentemente. Acima de tudo a exigir coletivamente olho no olho e dedo na cara aquilo que é nosso “direito cidadão”. Eles ficam com as “gatinhas” e nós agitamos as “bandeiras”...

Pense comigo ...


Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Vale uma PEC?

Governo não deveria nomear Ministros que não façam parte do Executivo, ou seja, ‪#‎STF‬ tem que ter autonomia para nomear seus Ministros.

Isto deveria ocorrer via concurso público, onde juízes de carreira poderiam se candidatar, aprovando 3 para que 1 destes, após ser sabatinado pelo colegas do STF, fosse escolhido como novo Ministro, valorizando assim a meritocracia como princípio básico da escolha!

Na minha visão, o alicerce da democracia reside na independência entre os poderes!

Vale uma PEC?

"Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente." Sócrates

@jabsrs

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Nem Pro Milico, nem Pro Militonto... Pro Brasilia fiat eximia! @ToniFigo1945

Como dizia o saudoso Fiori Gigliotti, narrador de futebol do passado, quando o rádio era o meio de “falar à nossa emoção”: “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo...” e então o “baba” rolava. Utilizei aqui a expressão “baba”, porque é assim que chamamos na Bahia, a “pelada” entre amigos e é a que mais se adapta à comparação seguinte, pois assim como nos campos de futebol é o “pontapé inicial” em novos escândalos pelos jornais eletrônicos diários e nos de final de semana, preferencialmente no Partido alheio, para que comecem a “pingar” enxurradas de 140 caracteres de “baba” de escárnio, ódio e rancor, pela TL do Tweeter e do Facebook, que são na realidade os #vemprarua mais utilizado dos nossos tempos. Afinal, com a bunda confortavelmente instalada na cadeira, um copo de leite quente com açúcar ou cerveja bem gelada ao lado do teclado, (se tiver uns “tira-gostos”, melhor ainda), é muito mais seguro do que cheirar e chorar spray de pimenta e gás lacrimogêneo e “borrar-se” todo com bombas de efeito moral, (no meu tempo provocavam diarreia), isso sem falar nas “carícias” do cassetete do Pelotão de Choque. Afinal para um “ativista sem fio” o único risco é ter um LER.

É desnecessário dizer que o motivo de tanto alvoroço são as Eleições de 2014 e por isso as tribos já começam a reforçar as “paliçadas” e principalmente, o “telhado” das ocas, pois a guerra promete. Botocudos e nhambiquaras nunca estiveram tão pintados para a guerra e a grossura das “maças” já faz antever a violência e o poder dos “golpes assestados”. A prévia tem sido estimulante. É o roubo no Metrô de São Paulo, é o roubo no PAC, é o roubo do roubo, pois como diz o ditado: Ladrão que rouba ladrão tem 12 anos de mandato a cumprir e assim, resultante do “aterro sanitário” em que se transformou a política nacional, apostam os “caciques de todas as tabas”, que se cumpra a “profecia invertida” ao menos “mau ladrão” nessa nossa Santa Cruz: Ainda hoje estarás comigo no Eixo Monumental. Afinal todos sabem que Brasília, nosso Gólgota, ainda que no centro do continente, é uma “ilha do tesouro” dos “bucaneiros federais”, saqueadores de contribuintes desta Terra mantidos a uma distância bem segura. Este foi o inconveniente da mudança da Capital Federal, pois no Rio de Janeiro estariam no “centro da fogueira” e a “Federação das Tramoias” não nos julgaria mais e há muito tempo como sua imbecilizada propriedade cega e dificilmente insistiria nessa tática do “nós contra eles, contra nós”. Todavia, os acontecimentos por lá em Junho último indicam que o “fosso”, (ou fossa), já não é tão inexpugnável.

Creio que no artigo da semana passada já dediquei o suficiente do meu tempo, das minhas preocupações e da minha indignação nacional particular, (e creio que de muitos), com eles e que já é hora de que sejam eles que devam começar a gastar tempo e preocupação com o que pensamos nós, os eleitores. Ainda que tentem enganar-se, pois a nós não enganam mais, ao julgar que as manifestações ocorridas representam uma minoria ressentida e revanchista contra o “stablishment”, (PT, PSDB ou PMDB e outros “PÊS”), executivo e legislativo, como dizia o filósofo: “Quem tem olhos de enxergar, que veja e quem tem ouvidos de escutar, que ouça”. Da nossa parte só nos cabe dizer-lhe: “Se você não concordar, não posso me desculpar, não canto prá enganar. Vou pegar minha viola, vou deixar você de lado e vou cantar noutro lugar“. Vou cantar para quem acredita que política não se faz e decide com “lixo” e “denuncismo”, a tônica das eleições brasileiras desde 1989 e as únicas “promessas cumpridas” integralmente até hoje. Vou cantar para quem precisa e acredita que exista uma forma coletiva sadia, honesta e respeitosa de ação política a conduzir os destinos da Nação, em que o ideal do interesse comum alie-se ao interesse público engajado e realizador, sobrepondo-se à fraude e à mesquinhez da falta de caráter e de conteúdo.

É unanimidade, que somente a Educação mudará o “perfil cidadão” do brasileiro, tornando-o mais participativo e atuante e é aqui que talvez caiba a mais profunda indagação e desconfiança, quanto a sua consecução. Sempre temos ouvido e dito, que um dos maiores problemas atuais na formação cidadã e pessoal da criança e do jovem reside na atual estrutura do “quadro docente” em todos os níveis do ensino, enxergando-se exclusivamente como educação aquela “formal” provida pelo Estado ou Entidades Particulares. Na verdade esse é um conceito muito mais abrangente e que começa no berço, quando começa a se manifestar a personalidade individual e por isso diz o ditado que “é de pequenino, que se torce o pepino”. Não falo do “torcer o pepino”, como se fazia a 60 ou 70 anos atrás, quando a educação doméstica era violentamente castradora, mas também não podemos nos referenciar nos tempos modernos, onde é o “pepino que torce o hortelão”.

Educar sempre foi “preparar”, (informar), a criança para que esteja “sintonizada” com o seu tempo. Nem tanto lá atrás e nem tanto lá “muito adiante”, mas sim o desafio da “medida certa” à exigência de equilíbrio do ambiente social vigente. É preciso muito tempo, sensibilidade, renúncia pessoal e dedicação para se formar um indivíduo “equilibrado” e não apenas “calibrado” para agir “politicamente correto”. Sempre foi padrão desde as cavernas, que as crianças se espelhem e referenciem em seus pais e assim continuará a acontecer até o fim da humanidade, porém desde sempre, não pelo que os pais “falaram”, mas sim pelo exemplo, que “legaram”. Pelo que se vê nestes tempos de concorrência desenfreada, em que os pais mais do que nunca passam a exigir dos filhos, que se capacitem precocemente para enfrentar o “mundo cão”, impingindo-lhes cursos e mais cursos de idiomas, de computação, de balé, de tênis e principalmente, daquilo que “julgam” tenha sido sua escassez de formação, que os fez “menos competitivos”, vê-se uma terceirização arbitrária da busca de realização pessoal através da programação de “filhos perfeitos”. É o “upgrade” da criança à “imagem e semelhança” de um “ultrapassado” robô social. Sem “avanço cidadão”.

Chega-se com isso até a negar à criança o seu direito sagrado de “brincar como criança” e a criança, que não brinca, não será criança no “seu tempo”, daí termos hoje tantas “crianças extemporâneas” já na idade adulta. Na escola da vida também se “passa de ano” e isso só acontece se à criança se der o que lhe é essencial em doses assimiláveis para cada “ano cursado”, tal e qual em um processo de “alfabetização progressiva”. Sem excessos, nem faltas. A “educação cidadã” compreende principalmente o aprendizado comportamental quanto ao relacionamento social interno e externo à família, a ocupação individual desses espaços e seus limites, a educação financeira e a educação política. Essa é a dinâmica e lógica, pois se “quem sai aos seus não degenera”, muito por certo não vai regenerar os “bugs da geração” predecessora. O processo mais consistente de formação da classe média e sua luta por direitos no Brasil remonta há 40 anos e é o desenvolvimento econômico, quem puxa a educação no seu espectro mais global e assim ressentem-se hoje, o país e os pais, dessa referência para transmiti-las adequadamente às atuais gerações.

Não sou Educador e nem tampouco tenho formação técnica para disparar análises e diagnósticos, mas sou um observador muito atento ao dia a dia brasileiro, além de haver convivido toda minha vida profissional com estrangeiros, o que faço até hoje e é disso que falo. Da comparação comportamental frente aos dias de hoje. A Globalização exige um “upgrade” muito rápido não só no aspecto tecnológico, como também no comportamental, se quisermos estar inseridos e respeitados pelos outros povos e nossas crianças que já nos superam de longe na absorção tecnológica, ainda esperam de nós que façamos a nossa parte, que é ajudá-los a situarem-se “politicamente” nestes novos tempos brasileiro e mundial. Somos acima de tudo “cidadãos responsáveis” em preparar “o caminho” das gerações futuras, legando-lhes um “país justo e ordeiro” e isso incluí acabar com toda e qualquer “estrutura podre”, que impeça esse objetivo. Ainda que não o tenhamos recebido, não podemos nos eximir da responsabilidade de construí-lo e isso não se faz através de 140 caracteres de um “post” no Tweeter.

O título deste artigo, remetendo à legenda na bandeira do Estado de São Paulo, onde muito me orgulho ter nascido, diz: “Pelo Brasil faça o melhor”, faça sua parte, fazendo o que deve e é preciso ser feito com o máximo da sua excelência, não como boi e nem como manada e se você não “vaiprárua”, vá ao menos para o “mundo dos seus filhos, netos, familiares, amigos e conhecidos”. Seja o floco de neve rebelde do alto da montanha... provoque uma avalanche.

“Eu vou!... Por que não? Por que não”. (Caetano Veloso em Alegria, Alegria).

Pense comigo...

Artigo de Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

terça-feira, 6 de agosto de 2013

As moedinhas da "viúva"... Artigo de @ToniFigo1945

Há duas semanas postei um artigo “PARA QUANDO SETEMBRO VIER...”, que transcrevia o discurso de Martin Luther King Jr na Marcha sobre Washington em Agosto de 1963, exortando os leitores a que correlacionassem ao quanto de Brasil poderíamos encontrar no hoje com aqueles Estados Unidos da América de 50 anos atrás. Quis também que pensassem nas consequências e transformações ocorridas na sociedade americana fruto daquele evento após o qual o orador foi assassinado, mas o seu sonho saiu fortalecido, renovado e realizado em grande parte. Alguns poucos, que o viram exclusivamente como Pastor, deixaram de entender o “profundo sentido político” daquela mensagem e dia e que a exortação à luta pelos Direitos Civis de Liberdade, Igualdade e Fraternidade do “negro americano” transcendia em muito a “mensagem da Salvação”. A busca era por uma aspiração real na vida terrena, pois a parte do Sermão da Montanha, que “bem aventurava os humildes, porque deles seria o Reino dos Céus” era insuficientemente incisivo para desarmar o espírito opressor que tem uma “sociedade elitista com poder”.

Pois bem. Decorrida apenas uma semana recebemos a visita do Cardeal Bergoglio, agora investido na autoridade do Papa Francisco I, que nas suas mensagens aos jovens, (de todas as idades), investiu na conscientização de todos de que a esperança da mudança deve sobrepujar a insensibilidade e corrupção políticas, que condenam aos mais desassistidos à educação desigual, à saúde incerta, ao transporte de gado, à segurança crítica e às oportunidades secundárias. Também, que as condições humanas degradantes de moradores de comunidades, como as da Varginha no Rio de Janeiro, das favelas às margens do Rodoanel de São Paulo, do Nordeste de Amaralina em Salvador, ou até mesmo do Forte Apache na sua Buenos Aires, não sejam as “certezas imutáveis” a desestimular essa busca. Mencionei aqui poucas das metrópoles, que carregam um estigma comum a todas e que fazem com que seja principalmente a juventude, que em muitas comunidades periféricas continua a pagar com a vida o “tributo do domínio” ao tráfico, quer seja como seu “operário/corpo armado”, quer seja como seus “clientes cativos”.

Qual a semelhança entre os fatos e os personagens? Não são semelhanças. É a realidade humana dos fatos, ainda que separados por meio século, vista por homens, que transcendem à materialidade do “barro humano” e nele realçam a essência residente, do que é o que de maior existe em todos nós. O “sopro Divino”. E é essa transcendência ao material, que lhes confere um “especial carisma” de enxergar o fundo das almas da Humanidade e dali extraírem seus mais recônditos segredos e aspirações, entendendo suas angústias e dando voz a sua mudez. É a capacidade de lembrar de que é “aquela essência”, que faz da fraqueza uma força avassaladora e do choro quase inaudível um canto de vitória retumbante. Muitos os dizem “eleitos”, mas isso seria negar-lhes o mérito da busca permanente pela Justiça, uma escolha pessoal dos que são sim incansáveis “pescadores de almas”, pois, ainda que religiosos são acima de tudo seres políticos na sua ação e oração, que buscam indicar que é possível o “Reino de Deus na Terra” e que até mesmo um “pensador ateu” vê essencial e é capaz de cantar:  Eu que não creio, peço a Deus por minha gente...

O grande problema de nossos dias é que uma imensa maioria das cabeças políticas com esta capacidade deixa-se dividir por diferenças religiosas, regionalistas, partidárias e ideológicas e assim o objetivo fundamental que é a “missão política” de lutar e gerar o “bem estar social humano” fica subordinado a regramentos particulares, unilaterais e discriminatórios. A “justiça social de esquerda” é melhor do que a “justiça social da direita”, ou o “neoliberalismo” é mais efetivo que o “progressismo” e deste modo o que se discute não é o “sexo dos anjos”, mas a “castidade virtual da prostituição filosófica”. É mais importante o purismo, ou melhor, o “malapurismo” intelectual do que mergulhar na “solução solidária e objetiva dos problemas”. É mais importante que se decida primeiro que a “mudança a minha maneira” prevaleça, para que se principie qualquer processo de mudança. Só o “meu Partido” salva, pois sou melhor que você e “Eu” sou o “mais ungido” que você. “Eu” sou a única solução... “Eu” é o único problema.

 A defesa de causas justas dentro da sociedade tem levado à intolerância coletiva, ao ponto de sete e meio bilhões de vizinhos cada dia mais se encastelarem nos seus privilégios ou misérias como argumento de pressão e revolução e o indissociável destino comum de toda a espécie humana, gregária a princípio como solução à sobrevivência em um ambiente hostil, a cada dia mais se deixa conduzir pelo dito bahiano, de que para a “farinha pouca, o me pirão primeiro”. Meros indicadores, a decantada Igualdade significa apenas uma palavra de ordem poderosa como jargão de protesto, a Fraternidade a indicação de um agrupamento minoritário defendendo distinção grupal exclusiva para sua “seita secreta” e a Liberdade, ora a Liberdade! É só um bem utópico comum e impossivelmente atingível, exceto para quem tem dentes e garras para defendê-la e impor. Vozes e ideias do bom senso não são ouvidas. Talvez porque lhes falte o pano de fundo do exemplo e principalmente da sinceridade, pois seu ideal de objetivo e validade não ultrapassa a data da vitória pessoal ou do seu grupo nas eleições, ou porque simplesmente não existam. Depois só restará o escárnio hipócrita jogado na cara dos “crentes”.

Faltam ao mundo moderno “construtores de nações” imbuídos do ideal de servir. Os que vemos hoje por toda parte são meros “inquilinos temporários” do Poder. O exercício do Poder foi convertido em um campo experimental de teorias sociais particulares, onde uma “grande maioria indefesa”, que eles juram defender e querer privilegiar, são suas cobaias e “escudos humanos” ideológicos. Um “ideal”, como se sabe, é constituído de ideias inovadoras, para suplantar a “habilidade humana ancestral” do medo e resistência às mudanças. Para que tudo se mantenha como sempre foi e esteja em equilíbrio dinâmico esses “novos idealistas” de ideias e ideais velhos e carcomidos ali encontram sua “zona de conforto”. Um neologismo a justificar a covardia e omissão de todos os tempos. “Forças externas” e “resistência das elites” são as desculpas “mal costuradas” de sempre. A demografia mundial expande-se mais fortemente nas camadas mais baixas da população e o desafio da inclusão está longe de ser corajosamente enfrentado, pois a riqueza produzida fica cada dia mais concentrada nas mãos de poucos. Se a classe média vem sucessivamente perdendo participação e se proletarizando e as camadas mais pobres não conseguem ser efetivamente incluídas, a conclusão é óbvia. Não é o “cala boca” dos programas assistencialistas, que promove uma real inclusão. Quando muito minimiza a “linha da miséria estomacal”.

O mal específico do Brasil é o de que há muito vivemos sob um “regime absolutista” das oligarquias partidárias, que governam segundo seus interesses coligados revezadamente, pouco satisfazendo à coletividade, que apenas se ilude com a “aparência democrática” de influir através do voto. O recente “alarido das ruas”, pacíficos ou nem tanto, para mim tem outra tradução. Esses “servidores públicos”, (categoria “contratada” para a satisfação das necessidades do povo), nos impõe seus interesses classistas e uma pesada carga tributária para mantê-los e ao seu “status” em uma espiral de desperdício crescente e insustentável para nossos bolsos e estão “todos” dizendo a eles, que não estamos mais de acordo com sua falta de “espírito público elevado”, “solidariedade cidadã” e dos “primados da justiça social” e por isso devem ser tratados como “empregados desidiosos”, (preguiçosos). 

Quem não cumpre compromissos não pode ter privilégios e salários gordos, pois não os merecem e justificam e desta maneira, que passem a “trabalhar e a ser remunerados” profissionalmente por objetivos alcançados nos Planos de Ação, com os quais de comprometeram e submetidos à nossa análise e aprovação. É assim nas empresas privadas, que o “patrão” exige e é assim que na “coisa pública” o “Povo”, patrão do Executivo, Judiciário e Legislativo quer que seja. Isonomia de direitos e deveres, já que foram lá colocados como “provedores do bem comum” conforme é assegurado pela Lei Maior e se não são competentes em fazê-lo, que sejam demitidos e substituídos. (A guisa de informação, algumas pequenas comunidades americanas têm hoje um “Gerente” - Manager e não mais um “Prefeito” - Mayor).

Os Partidos Políticos como os que temos deveriam ser registrados na Junta Comercial, onde afinal melhor se enquadram por seu “histórico comercial” e assim seriamos dispensados do custo das Verbas Partidárias e Horários Eleitorais Gratuitos, (para eles). E ainda querem nos impor o Financiamento Público de Campanha? Você investiria “um centavo” nas empresas do Eike Batista atualmente? Pois bem por que investiríamos mais esses recursos em “instituições arcaicas e falidas” desde o seu nascedouro e que não nos trazem “dividendos”? Que tentem vender comercialmente ao Povo o seu “produto” e assim poderão “competir em igualdade” com quem desenvolve um trabalho honesto e dirigido ao Mercado. Na pior das hipóteses poderíamos nos defender com base na Lei de Defesa do Consumidor. Se alguém julgar que a análise aqui feita é injusta, gostaria de contrapor com alguns argumentos: 1) A atual estrutura partidária do Brasil já completou 28 anos pós Revolução de 64, porém computado o período revolucionário conta 49 anos; 2) Todos os partidos atuais direta ou indiretamente remetem à Reforma Política de 1945, o que conta já 68 anos; 3) Muitas das lideranças ainda atuantes contam com mais de 50 anos no Poder; 4) A Coesão da “base aliada” ainda se faz pelo “cimento das emendas parlamentares” no jogo do “toma lá, dá cá”. São todos eles uma “piada parlamentar” de muito mau gosto.

Pois bem, PMDB, PSDB/PFL/DEM, PT ocuparam revezadamente a Presidência da República desde 1985 e o único “produto” entregue, relativamente à Representatividade e Sistema Político apresentado, foi a Constituição de 1988, que em relação aos pontos específicos, simplesmente repetiu o que se faz no Brasil há quase 70 anos e o pior, manteve do “lixo autoritário” do Governo Geisel, quanto a “proporcionalidade federativa”. Se em todos esses Governos, que foram majoritariamente coligados no Congresso, não se fizeram as mudanças essenciais não foi porque não tiveram a “maioria política” de conduzi-las, mas sim porque não se interessaram em mudar o atual “status quo”, que unilateralmente os beneficia em detrimento dos “direitos do eleitor”. E desde então o que vemos é um “país novo rico” perdulário e oligarca a fartar-se na “excessiva tolerância contributiva do cidadão omisso” em benefício “deles”, o que os leva a todos, indistintamente, à mesma “fossa comum”. Sucessos como o Plano Real, que foi devido muito mais ao esgotamento do modelo da “correção monetária”, onde ao final somente os banco/instituições financeira ganhavam e todos, principalmente o Governo, perdiam, bem como os atuais Programas Assistencialistas, que se expandiram graças à “bonança das commodities” no Mercado Internacional não são derivados de um planejamento metódico e consequente em prol do “cidadão contribuinte”, que somos todos em todas as camadas sociais, mas que pune em especial aqueles, que menos tem. Planos Plurianuais? Planos de Desenvolvimento do Ensino? Planos Metropolitanos? ... Continuamos a não fazê-los.

Fecho este artigo, com uma lição inesquecível para mim e que aprendi em minha primeira viagem aos USA. Ao chegar a Las Vegas para uma Convenção, o ar seco do deserto e as lentes de contato, que usava, causaram-me grande irritação nos olhos. Dirigi-me a uma farmácia para comprar um colírio, que se não me falha a memória custava US$ 4.57. Ao pagar a conta embaralhei-me com as moedas de 5 e 10 cents, (a primeira maior que a segunda) e não conseguia juntar o devido. Segurava em uma mão um “porta níqueis” comprado a propósito para a viagem com a cara apalermada. A vendedora, atenciosa e cuidadosamente, me pediu desculpas e me tomou o “porta níquel” das mãos, dele extraiu as moedas satisfatórias e do Caixa apanhou três moedinhas de um centavo de dólar como troco. Para livrar-me do embaraço pessoal do fato tentei desprezar o “change”, ao que ela me contestou: 

“NO, SIR. THESE ARE MINE”, (disse-me apontando as que estavam em suas mãos) and THESE ARE YOURS”, disse-me fechando com as suas duas mãos, a minha mão, que empalmava as três pequenas moedas. 

Isto me marcou definitivamente e me ensinou, que se o “seu dinheiro” não é respeitado e principalmente, que se você não cobra o respeito devido por ele, VOCÊ NÃO MERECERÁ e NEM RECEBERÁ RESPEITO ALGUM DE QUALQUER ESPÉCIE. Chamei ao fato: The Three Pennies Lesson. Lembre-se das “moedas da viúva” no Templo e o valor que o Mestre lhes atribuiu...

Pense comigo...

Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mais Médicos?

O número de leitos nos hospitais não é suficiente para abrigar os pacientes e as projeções até 2016 indicam que o problema vai aumentar.
Entre 2007 e 2012, o número total de leitos no país, públicos e privados, diminui de 453.724 para 448.954.
O déficit de leitos foi agravado pelo fechamento de 286 ‪‎hospitais particulares nos últimos cinco anos. A maior parte deles atendia o ‎SUS.
Segundo a Anahp, os hospitais brasileiros têm em média, cada um, 71 leitos, com menos de 150, não conseguem níveis de escala e produtividade.‬
Brasil 6.293 hospitais (2.192 públicos e 4.101 privados), com 448.954 leitos. EUA, 5.714 hospitais com o dobro de leitos 924.333. ‪
#‎SOS‬ ‪#‎saude‬
* Levantamento da Associação Nacional dos Hospitais Privados!

É a vontade de Deus - Artigo de @ToniFigo1945

Desde a mais tenra infância fui ensinado a rezar e a depositar em Deus todas as minhas aflições e esperanças por minha avó, uma transmontana católica, que fez da sua fé na religião sua sustentação, resignação rebelde, esperança e fonte de energia e luta, pois em sua terra natal de então, os homens e a natureza desde muito cedo a ensinaram, que só Deus poderia prover-lhe ânimo para enfrentar uma vida de tantas privações. Afinal é na fé cega na religião, que os miseráveis de todo o mundo sempre buscaram conforto e apoio, para sua improvável felicidade e abundância terrenas e por isso contou-me muitas vezes da luta árdua nos campos de terras pedregosas muito pobres, que sustentava uma multidão de conterrâneos no absolutamente essencial, sem sobras ou fartura, bem como da aridez branca desses mesmos campos cobertos de neve e matilhas de lobos famintos que por eles erravam, o que provocava uma “hibernação doméstica” forçada para a manutenção da segurança vital e a nutri-los parcas e contadas batatas e cebolas guardadas desde o verão. Vida dura de privações, que a levaram e a muitos europeus a imigrar para o Brasil, para aqui “fazer a América”, como então se dizia.

No Brasil maravilhou-a constatar a possibilidade de ter sua horta o ano inteiro a enriquecer sua mesa pela fartura e bondade de um solo fértil, ainda que fosse com os “campos” do pequeno quintal da sua casa e a inexistência do “inverno branco” e dos perigos da solidão gelada de homens e animais famintos lutando pela sobrevivência. Todavia, o que mais a encantava era poder louvar diariamente na igreja próxima de casa ao “Deus Brasileiro” muito mais generoso, que seu “homônimo de Portugal” residente na igrejinha da Freguesia longínqua, que a obrigava a andar muitas léguas todos os domingos. As durezas da vida de servente a que a condenava o seu analfabetismo, por ter que se levantar às três horas da madrugada para tomar o primeiro bonde e retornar ao lar somente após as nove horas da noite, não quebrantavam sua fé e ânimo, pois a mesa a via farta e ao pobre, afinal, nunca nada mais correspondeu, que trabalhar, comer, procriar e dormir em moto contínuo, só interrompido pela doença ou pela morte. Não se queixava de um Brasil injusto então, pois a oportunidade de trabalho e a sobrevivência distanciada da miséria já era uma paga justa. É a vontade de Deus, conformava-se.

Foi essa luta pessoal inconformista a rebelar-se contra o “sermão do cura” da Freguesia, sobre o fatalismo da miserabilidade para a maioria da raça humana, que lutou para mudar e que lhe deu forças para superar uma viuvez precoce e criar os filhos com dignidade em uma “época machista”. Essa altivez revolucionária era contra um “fatalismo humano” e jamais determinado pela vontade de Deus. Traço aqui um paralelo com as migrações internas nordestinas rumo ao Leste/Sul do Brasil, (década de 50 do sec. XX) acontecidas bem mais tarde, porém oriundas dessa mesma influência e determinismo, o que retardou por aqui a libertação desse “conformismo”, ditado pelo fato de que religião e coronéis “ditavam” as leis e “criavam” os dogmas. A cada “nova seca” e uma nova perda de seus parcos recursos e roças, não tão distantes das margens dos açudes situados nas terras dos “coronéis”, senhores da vida e da água que a todos era destinada, conformavam-se “transmontanamente”, ou melhor, “caatingamente” com a “vontade divina”.

Não me lembro de jamais ter testemunhado manifestações de imigrantes ou migrantes contra a situação degradante de sua condição de vida nas ruas das metrópoles, mas tão somente o fruto de muito trabalho e persistência, que se traduziu no progresso das cidades e nas melhores condições de educação e profissionais que conseguiram com seu esforço transferir a seus filhos. Foram estes que adultos conseguindo uma “condição média” de vida passaram a lutar por suas conquistas, para não serem rebaixados às condições em que viveram seus pais. Foi o desenvolvimento e ascensão econômica individual, que conscientizou a esses cidadãos e que por fim os levou a se conscientizar politicamente para defender seus direitos e criar uma “paliçada” de proteção política junto a políticos confiáveis. Como substituíram a fé na religião, pela “fé política”, ainda assim continuaram à mercê de um “pai provedor” e foi aí que estabeleceram a sua crença nos muitos “pais dos pobres” da nossa História, traduzidos em Getúlio, Jânio e mais recentemente Lula.

Aquelas gerações de migrantes e imigrantes não foram às ruas e nem irá organizadamente a “grande massa” de hoje. As horas de trabalho árduo somadas com as perdidas no trânsito urbano entre o trabalho e

a residência consomem-lhes de 14 a 15 horas diárias, além de toda sua energia. Sempre foi assim e sempre será e por isso suas vozes permanecerão inaudíveis “peregrinas da esperança”. Para que isso mudasse, dependeria de uma “organização de base”, que hoje e sempre foi controlada por Sindicatos pelegos, que também enrouqueceram como demonstrou a última tentativa de mobilização das Centrais Sindicais. Uma organização que deveria ser classista foi convertida convenientemente pelos Governos desde Vargas em uma “voz política para-oficial” a suportar os “pais dos operários” no Poder e que por essa razão já foram um dia de orientação fascista, (Vargas), populista, (Jânio) e aparentemente comunista sob Lula. No Brasil os sindicatos de “inspiração comunista” também chegaram atrasados. O Muro de Berlim já havia caído e a ideologia comunista jazia demolida no meio dos escombros.

O mais novo “dogma oficial” chama-se Reforma Política, querendo fazer a “cabeça do povo” dentro do sistema que ele Governo quer fazer valer, pois não existe fator mais socialmente explosivo do que movimentos grevistas, que via de regra são pródigos em violência e agitação. Onde falta a “força dos argumentos” fruto da consciência política, prevalece a “força da ação”, provocada pelas necessidades essenciais insatisfeitas e principalmente o “vandalismo de resultados”. Tenho inclusive chamado aqueles direitos essenciais de “compromissos constitucionais”, uma justa salvaguarda da parte do legislador com aqueles que são incapazes de se fazer ouvir, porque não tem como dizê-lo. Longe vai o tempo em que o cidadão organizava-se espontaneamente em comunidades de bairros, ligas de futebol e esportes amadores, associações laicas ou religiosas, esportivas ou culturais, de benemerência ou de pensamento onde o “interesse comum” era discutido e acabavam por se consolidar em células básicas de diálogo e organização política.

Para ser verdadeiro com os acontecimentos históricos, o único período em que se tentou trabalhar a conscientização política no Brasil ocorreu durante os Governos Militares com a introdução da cadeira de “Estudos de Problemas Brasileiros” em todos os graus e modalidades de ensino, (DECRETO LEI Nº 869 – 12/setembro/1969), ao qual me submeti em meus anos de faculdade e que posso garantir não ter sofrido qualquer “lavagem cerebral”. Nos quatro anos de universidade jamais ouvi análises comparativas tendenciosas e ou de qualquer tipo entre regimes de governo. Com o advento da Nova República, tudo que remetia ao período da Revolução, foi considerado “lixo autoritário” e a “educação moral e cívica” passou a ser considerada “ideologizantemente retrógrada” e com isso uma vez mais se adiou preparar o futuro político da Nação. Talvez porque os então “novos políticos” fossem os mesmos “velhos políticos”, que motivaram o Golpe Militar. Não podemos nos esquecer de que um dos seus motivos foram as práticas corruptas de negociatas vigentes no Congresso em 1963/4. Hoje com a Reforma Política em pauta, querem que a população responda sobre temas como o voto distrital, financiamento de campanhas, voto majoritário e proporcional e outros temas correlatos. Baseada no que fará o povo essas opções?

Mas não é somente o “populacho”, que necessita mais esclarecimentos sobre do que trata uma efetiva Reforma Política. As classes mais baixas desde sempre se manifestaram e se manifestam pelo “voto plebiscitário” e mesmo assim muitas vezes pelas evidentes melhorias, que percebem. Foi assim com o Plano Real de FHC e é assim com Programas Sociais DILMA/LULA. A “classe média” sempre vota pela manutenção da estabilidade do seu “status”, ou para que o mesmo não se deteriore. O maior conselheiro da grande maioria dos eleitores brasileiros é o “bolso” e é esse “condicionamento”, que precisa ser rompido para que um verdadeiro “espírito de nacionalidade e cidadania solidária” exista. Somos uma Nação muito nova e promissora, porque somos detentores de muitos recursos, para nos deixarmos pautar pelo medo. A covardia sempre foi uma conselheira exclusiva do “egoísmo”.

Nações jovens, como as crianças, necessitam de se “educar politicamente” desde o pré até o doutorado, através do conhecimento dos seus valores nacionais e principalmente da sua “história real” desmistificada, assumindo seus erros de formação e enaltecendo os valores reais da cidadania de seus “verdadeiros pais da pátria”. Algum deve ter havido e essa verdade tem que estar evidente. E principalmente, organizar-se como uma Nação, que é o tudo, que nos falta. A vontade de Deus concedeu-nos o “livre arbítrio” e disso estabeleceu-se nossa a responsabilidade. Até hoje se fez a vontade do povo. Um povo desorganizado e

omisso e temos o que temos e o que até hoje merecemos. A quem cabe a responsabilidade em compartilhar conhecimento e cidadania? Ao Governo?

Pense comigo...

Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

Um jovem que não protesta não me agrada!

"Um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais espontâneo, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso é muito lindo! É preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que não sejam manipulados.” (Papa Francisco em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, da Globo News)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Respeito!

Respeito todas as religiões e os ateus, por isso vivemos em um estado laico, mas tem gente que esquece! Tenha fé em Deus, no seu Deus, tenha fé na Ciência, tenha fé em vc! 
Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego πίστη) é a firme opinião de que algo é verdade!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O capitalismo e o governo!

"Um empreendedor não pode forçar você a comprar o seu produto; se ele comete um erro, ele sofre as conseqüências; se ele falhar, ele leva o prejuízo. Já um burocrata obriga você a obedecer às suas decisões; concorde você com ele ou não... Se ele comete um erro, você sofre as conseqüências; se ele falhar, ele passa o prejuízo para você, na forma de impostos mais pesados." Ayn Rand

terça-feira, 23 de julho de 2013

Para quando setembro vier! Artigo de @ToniFigo1945

Há quem acredite que os livros de História são compostos inanimados de papel e tinta, guardados para “rirmos” dos usos, costumes e ideais dos nossos pais e avôs no passado, mostrando-lhes o quanto evoluímos e que vão sendo esquecidos e tornados obsoletos sob a poeira do tempo, e ao encher-se de mofo só terão como serventia a de alimentar traças. Mas é incrível como o próprio tempo, como se fosse um vendaval entrado pelas janelas de uma biblioteca, desarrumasse as prateleiras e os arremessasse ao chão e ali ao folheá-lhos violentamente se encarregasse de ressuscitar seus protagonistas e eventos e os catapultasse à “realidade dos nossos dias”. Foi o que aconteceu nesta semana, quando busquei comparar acontecimentos atuais com os de 50 anos atrás, nos idos de 1963, quando eu ainda na “ebulição da juventude” vivia aqueles “tempos efervescentes”, no Brasil e no Mundo e me veio às mãos um discurso, que como uma “bíblia” veio decretar os melhores anseios do ser humano. Vou manter a integra do discurso, inclusive a menção original dos lugares e protagonistas, para que o leitor o transforme em uma “oração mundial pela igualdade na liberdade”.

"Estou contente em me juntar a vocês neste dia, que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação. Cem anos atrás um grande americano do qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros, que tinham murchado nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois o Negro ainda não é livre. Cem anos depois a vida do Negro ainda esta tristemente aprisionada às algemas da segregação e às cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontra exilado em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória da qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa de que todos os homens, sim, os homens negros e também os homens brancos teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundos, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes". Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes deoportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é o tempo de transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus. Seria fatal para a nação negligenciar a urgência deste momento. Este verão sufocante de legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo.

Esses que esperam, que o Negro agora esteja contente, terão um violento despertar se a nação voltar-se aos seus negócios de sempre. Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo, que se dirige ao portal, que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser acusados de ações de injustiça. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto degenere em violência física. Uma vez mais nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e

maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra, que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram reconhecer que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram por entender que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa e que não se caminha só.

E como nós caminhamos, temos que fazer a promessa que sempre marcharemos avante. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os militantes dos direitos civis: "Quando vocês estarão satisfeitos?" Nós nunca estaremos satisfeitos, enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos, enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não puderem ter hospedagem nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos, enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não! Nós não estamos satisfeitos e não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de vocês vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhes deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos da brutalidade policial. Vocês são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com fé, pois o sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississipi, para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, para a Geórgia e para Louisiana. Voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixem cair no vale do desespero.

Eu digo a vocês hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades do hoje e do amanhã, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença e nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos. Que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississipi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação, nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãos e irmãs. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados, os caminhos tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada, pois toda a carne estará unida. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, e quem sabe nós seremos livres um dia. Este será o dia. Este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado: "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram terra do orgulho dos peregrinos, De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas de Nova York. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pensilvânia. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas Rockies cobertas de neve do Colorado. Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas há de se, ouvir o sino da liberdade. E

quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos, que ele soe em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir as mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus Todo Poderoso, nós somos livres afinal."

Quanto existe de Brasil nas “palavras eternas” de Martin Luther King na Marcha sobre Washington no dia 28/08/1963? Ele não viveu para vê-lo, mas participou da sua “construção”

EU TENHO UM SONHO... Pense comigo!

Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

sábado, 20 de julho de 2013

Não sejas maçom!

Se queres descanso, não seja maçom, pois o trabalho do maçom deve ser contínuo. Se queres ser beneficiado, não seja maçom, pois o maçom deve primeiro promover benefícios a e em prol de outros. Se queres paz, não seja maçom, pois o maçom deve estar em guerra constante contra os vícios. Se sois egoísta, não seja maçom, pois, para o maçom, compartilhar deve ser um hábito.

Se apenas pensas em ti, não seja maçom, pois pensar apenas em si mesmo é inviável e o maçom deve pensar e agir para todos.

Se desejas enriquecer, não seja maçom, pois o patrimônio de um maçom não é avaliado pelos seus bens, mas sim pelas suas atitudes. Se sois arrogante, nunca seja um maçom, pois a humildade deve ser uma virtude constante, demonstrada em todos os momentos. Se sois demasiadamente religioso, não seja maçom, pois o maçom deve ser tolerante em suas diferenças religiosas. Se não crês em Deus, esqueça, não há como ser maçom, pois os maçons nada fazem sem antes o invocarem.

Se gostas das luxúrias que o mundo proporciona, não seja maçom, pois os maçons devem ignorá-las, vez que são temporárias. Se simplesmente fazes parte de algo, não seja maçom, pois o maçom não pode só fazer parte, deve trabalhar para fazer a diferença. Se queres ser maçom, não tente ser o pior nem o melhor, seja apenas você mesmo. Se és arrogante, não seja maçom, pois o desprezo está em sintoma de maldade e a maldade é a principal inimiga do maçom. Se és omisso, não seja maçom, pois a iniciativa deve ser notável em um maçom.

Se és preconceituoso, não seja maçom, pois a igualdade deve ser um pilar marcante na vida do maçom.

Fonte!

Esquerda, direita ou centro?!

Depois de 2 décadas de governo militar, onde era a sigla da oposição, o PMDB conhecido como MDB, desistiu desse papel.

Observando os governos Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma, concluímos que o PMDB tem sido governista, um grande aliado do poder e um voraz "caçador" de cargos.

Tudo indica que tenta se afastar do desgaste sofrido pelo PT, mas é melhor aguardar, afinal, ninguém sabe pra onde o PMDB pode pular, mas tenha certeza de uma coisa, estará sempre junto do poder!

Adoro política e fico "triste" quando vejo o PMDB se comportar como um partido GRANDE quando poderia ser um grande PARTIDO!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Corruptos!

Toda vez que eu critico o governo, que há 11 anos é de esquerda, alguém vem dizer que o FHC, que o Itamar, que o Collor ... também são corruptos! Esse povo precisa entender duas coisas, corrupção, seja ela de esquerda ou direita é péssimo para o país! 

Eu QUERO que TODOS os corruptos, sejam eles de esquerda, direita, centro, alienígenas, sejam PUNIDOS!

Outro ponto importante, a esquerda precisa entender que um governo corrupto de esquerda não desvia dinheiro apenas da direita, entendeu?

*"outros também fazem" ... assim caminha a Impunidade! 

Justiça e Injustiça!

Primeiro dia de aula, o professor de 'Introdução ao Direito' entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila: 
- Qual é o seu nome? 
- Chamo-me Nelson, Senhor. 
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor. 
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. 
Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada. 
- Agora sim! - vamos começar . 
- Para que servem as leis? Perguntou o professor - Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta: 
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade. 
- Não! - respondia o professor. 
- Para cumpri-las. 
- Não! 
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos. 
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?! 
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota. 
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça. 
E agora, para que serve a justiça? 
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. 
Porém, seguíamos respondendo: 
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor . 
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta: 
"Agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia. 
- Quero uma resposta decidida e unânime! 
- Não! - responderam todos a uma só voz. 
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça? 
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vá buscar o Nelson - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprenda: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
Autor desconhecido

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Depende de mim ...

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
Minha função é escolher que tipo de dia que vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a rua.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto que abrigue minha família e meus pertences.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

O dia está à minha frente, esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma ao meu dia e ao mundo.
Tudo depende só de mim.

[Charles Chaplin]

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Custa caro e não funciona!

A máquina "administrativa" do governo federal utiliza a mão de obra de 984.330 servidores para fazer seus 39 ministérios "funcionar"!
Governo federal consome R$ 611 bilhões por ano! Cargos comissionados no governo chegaram a 22.417, um recorde desde 1997!
Não é por 0,20!

Fonte: OGlobo

"No Brasil cultuamos duas frustrações: a dos que têm poder mas não têm competência para exercer e a dos que têm competência mas não têm poder"
Paulo de Tarso de Moraes Souza

Se o gigante acordou, está na hora de "avançar"!

Alguns, eu sei, pensam que sou aquele "chato, partidário de direita", mas não faço críticas gratuitas nem costumo ofender políticos no campo pessoal, direciono meus comentários para a competência ou ausência dela (também conhecida como #incomPTencia) dos governantes! 

Durante muito tempo, fomos conhecidos como o Brasil Colônia, já tivemos a síndrome de "vira-latas", a lei de Gerson, os anos de ditadura, as diretas, a democracia e por fim, a esquerda governando o Brasil, cheia de "ideologias" e a tal "esperança que venceu o medo", até hoje não sei do que se trata esse tal "medo"! 
Eu, tenho "medo" de gente incompetente, pois, quando pessoas incompetentes estão no poder, elas afetam a vida de todo mundo!

Voltando ao tema Brasil Colônica, compartilho com vcs a informação de que os exportadores (mineração, siderurgia e petróleo e gás) lideram perdas na Bolsa no primeiro semestre. Isto é assustador, pois se não investimos em educação, é natural que não sejamos exportadores de manufaturados, mas, não exportar "commodities" é assustador!! 
Importamos trigo (da Argentina), feijão (da China), combustível, isso me faz lembrar que já fomos conhecidos como "celeiro do mundo", "potência energética" ... blá ... blá ... blá ...

Se o gigante acordou, está na hora de "avançar"!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

13 passos para acabar com a corrupção!

1- Tornar a corrupção crime hediondo;
2- Tornar a corrupção crime inafiançável;
3- Tornar a corrupção crime imprescritível;
4- Acabar com o voto secreto no Congresso;
5- Acabar com o voto secreto no Senado;
6- Convocar um plebiscito com os itens 1,2,3, 4 e 5;
7- Se o resultado escolhido pela maioria for sim, o presidente deve propor estas mudanças via Media Provisória para apreciação do Legislativo e posterior promulgação da lei;
8- Se o resultado escolhido pela maioria for não, significa que o povo brasileiro comunga com a corrupção e seremos eternamente o país do jeitinho;
9- Como o voto não é mais secreto, saberemos quem vai votar sim ou não, caso a alternativa 7 seja vencedora;
10- Se conseguirmos que a maioria vote e aprove o que já foi aclamado pelo povo Brasileiro, que se torne lei;
11- Para que isto aconteça precisamos eleger um presidente capaz de se comprometer com esta tarefa;
12- Esse presidente entrará para a história como a pessoa que colocou um basta na corrupção! Ainda que não tenhamos o fim absoluto desta praga, teremos uma redução drástica deste problema que corrói a Nação.
13- Na minha visão, esta é a única forma de acabarmos com a corrupção!
#DespertaGigante

* Este post não tem embasamento jurídico, apenas o objetivo de propor uma alternativa!