domingo, 6 de fevereiro de 2011

Bola de neve no país Tropical

Reportagem do “Fantástico” aponta que centenas de cidades no Brasil não possuem creches para que as pessoas deixem seus filhos e possam ir trabalhar. Além de ser um absurdo que mostra a falta de infra-estrutura básica de um país, fere a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 (IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade)

Não existem programas efetivos de controle de natalidade, uma das entrevistadas tem 11 filhos!! O Brasil precisa entender e assumir as suas responsabilidades, para com os seus filhos. Não se faz um país dando esmola e criando programas sem fim. Nesse meio tempo as crianças do país do futuro, ficam a margem da sorte, da solidariedade alheia, do jeitinho!

Cidades são emancipadas o tempo todo, para que sejam gerados novos cargos de prefeito, vice, vereadores, secretários e CC’s. Cidades estas que juntas seriam mais, mas preferem ser uma nova “pobre” cidade. Existe alguma regra para existir uma cidade? Algum requisito mínimo? Vou me informar!

Estas mesmas cidades, não possuem políticos capacitados para escrever um projeto que atenda os requisitos mínimos para a construção de uma creche, um dos projetos foi rejeitado por que o terreno tinha 5 metros a menos do que exigido, o político entrevistado justificou como burocracia.

Não existe critério, não existe fiscalização efetiva, existe sim uma inércia e a roda é muito grande pra girar apenas com palavras, debates, tuitadas e #hashtags. Por vezes me sinto meio Don Quixote.

Os cargos do serviço público/político, aqueles pagos com o dinheiro dos nossos impostos, são ocupados por partidos, não por pessoas competentes como é na vida real e privada, onde vc tem que ter currículo, experiência, capacidade! Nas eleições, as “celebridades” do povo, da TV, ganham milhões de votos e levam consigo os políticos “profissionais”. Depois começam as disputas por vagas ministeriais, que são ocupadas por pessoas “privilegiadas” por acordos costurados nos bastidores. Os campeões de votos, ao serem convidados para alguma vaga, dão direito aos seus suplentes assumirem os mais diversos cargos, sem nunca terem recebido um único voto.

Temos também os 15 mil cargos que ficam atrelados aos Ministérios, estes também são nomeados, sem concurso, sem prova, sem currículo. Para ter uma noção da importância destas vagas e do volume de dinheiro, partidos aliados como o PT e PMDB brigaram publicamente por eles! Nem vou falar de cargos nas famosas, como Petrobras, Banco do Brasil, Correios, Furnas, etc.. porque vou entrar em um assunto sem fim!

É meus amigos, esta é a bola de neve do país Tropical, que corre ladeira abaixo, sem direção certa, cercado de interesses obscuros, sem objetivos concretos, onde a grande maioria olha para o seu próprio umbigo!

@jabsrs ...

2 comentários:

  1. O que falar diante de tudo isso? Seu texto começa nos mostrando que o país precisa de algo mais efetivo quanto ao planejamento familiar. Eu acho que precisamos ter mesmo é controle de natalidade. Pode parecer que estou dizendo algo fora de propósito, mas ter 2 filhos em um país como esse já é algo muito complicado para educar e formar cidadãos responsáveis. Com um salário mínimo então, é problemático. Mas o que fazer se os mais necessitados são os que mais filhos têm? Os setores como educação e saúde que deveriam ser prioridade, não recebem atenção necessária para que atenda a população como merecem porque pagam os impostos para esse fim. O resto é um ‘circo armado’ para a população assistir na arquibancada sem o menor conforto e sujeito a cair a qualquer momento. Muitos políticos não estão cumprindo o ofício, no que diz respeito à palavra política: “Arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos.” Como você mesmo disse, a “maioria olha para seu próprio umbigo.” E o resultado não pode ser dos melhores.
    Abraços, querido, boa reflexão!

    @soniasalim

    ResponderExcluir
  2. As carências são evidentes. Há anos quando se falava em controle de natalidade a IGREJA toda poderosa dizia ser crime. Uma boçalidade! Políticos despreparados abundam, não há critérios na Lei basta ser brasileiro e maior de 18 anos, para ser candidato. O desequilíbrio social é evidente e nojento, assim como os privilégios e beneficio concedidos a alguns. Falta ao povo educação e esclarecimento, quando o eleitor deixar de vender sue voto e escolher com consciência pode ser que melhore.

    ResponderExcluir