terça-feira, 13 de agosto de 2013

Nem Pro Milico, nem Pro Militonto... Pro Brasilia fiat eximia! @ToniFigo1945

Como dizia o saudoso Fiori Gigliotti, narrador de futebol do passado, quando o rádio era o meio de “falar à nossa emoção”: “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo...” e então o “baba” rolava. Utilizei aqui a expressão “baba”, porque é assim que chamamos na Bahia, a “pelada” entre amigos e é a que mais se adapta à comparação seguinte, pois assim como nos campos de futebol é o “pontapé inicial” em novos escândalos pelos jornais eletrônicos diários e nos de final de semana, preferencialmente no Partido alheio, para que comecem a “pingar” enxurradas de 140 caracteres de “baba” de escárnio, ódio e rancor, pela TL do Tweeter e do Facebook, que são na realidade os #vemprarua mais utilizado dos nossos tempos. Afinal, com a bunda confortavelmente instalada na cadeira, um copo de leite quente com açúcar ou cerveja bem gelada ao lado do teclado, (se tiver uns “tira-gostos”, melhor ainda), é muito mais seguro do que cheirar e chorar spray de pimenta e gás lacrimogêneo e “borrar-se” todo com bombas de efeito moral, (no meu tempo provocavam diarreia), isso sem falar nas “carícias” do cassetete do Pelotão de Choque. Afinal para um “ativista sem fio” o único risco é ter um LER.

É desnecessário dizer que o motivo de tanto alvoroço são as Eleições de 2014 e por isso as tribos já começam a reforçar as “paliçadas” e principalmente, o “telhado” das ocas, pois a guerra promete. Botocudos e nhambiquaras nunca estiveram tão pintados para a guerra e a grossura das “maças” já faz antever a violência e o poder dos “golpes assestados”. A prévia tem sido estimulante. É o roubo no Metrô de São Paulo, é o roubo no PAC, é o roubo do roubo, pois como diz o ditado: Ladrão que rouba ladrão tem 12 anos de mandato a cumprir e assim, resultante do “aterro sanitário” em que se transformou a política nacional, apostam os “caciques de todas as tabas”, que se cumpra a “profecia invertida” ao menos “mau ladrão” nessa nossa Santa Cruz: Ainda hoje estarás comigo no Eixo Monumental. Afinal todos sabem que Brasília, nosso Gólgota, ainda que no centro do continente, é uma “ilha do tesouro” dos “bucaneiros federais”, saqueadores de contribuintes desta Terra mantidos a uma distância bem segura. Este foi o inconveniente da mudança da Capital Federal, pois no Rio de Janeiro estariam no “centro da fogueira” e a “Federação das Tramoias” não nos julgaria mais e há muito tempo como sua imbecilizada propriedade cega e dificilmente insistiria nessa tática do “nós contra eles, contra nós”. Todavia, os acontecimentos por lá em Junho último indicam que o “fosso”, (ou fossa), já não é tão inexpugnável.

Creio que no artigo da semana passada já dediquei o suficiente do meu tempo, das minhas preocupações e da minha indignação nacional particular, (e creio que de muitos), com eles e que já é hora de que sejam eles que devam começar a gastar tempo e preocupação com o que pensamos nós, os eleitores. Ainda que tentem enganar-se, pois a nós não enganam mais, ao julgar que as manifestações ocorridas representam uma minoria ressentida e revanchista contra o “stablishment”, (PT, PSDB ou PMDB e outros “PÊS”), executivo e legislativo, como dizia o filósofo: “Quem tem olhos de enxergar, que veja e quem tem ouvidos de escutar, que ouça”. Da nossa parte só nos cabe dizer-lhe: “Se você não concordar, não posso me desculpar, não canto prá enganar. Vou pegar minha viola, vou deixar você de lado e vou cantar noutro lugar“. Vou cantar para quem acredita que política não se faz e decide com “lixo” e “denuncismo”, a tônica das eleições brasileiras desde 1989 e as únicas “promessas cumpridas” integralmente até hoje. Vou cantar para quem precisa e acredita que exista uma forma coletiva sadia, honesta e respeitosa de ação política a conduzir os destinos da Nação, em que o ideal do interesse comum alie-se ao interesse público engajado e realizador, sobrepondo-se à fraude e à mesquinhez da falta de caráter e de conteúdo.

É unanimidade, que somente a Educação mudará o “perfil cidadão” do brasileiro, tornando-o mais participativo e atuante e é aqui que talvez caiba a mais profunda indagação e desconfiança, quanto a sua consecução. Sempre temos ouvido e dito, que um dos maiores problemas atuais na formação cidadã e pessoal da criança e do jovem reside na atual estrutura do “quadro docente” em todos os níveis do ensino, enxergando-se exclusivamente como educação aquela “formal” provida pelo Estado ou Entidades Particulares. Na verdade esse é um conceito muito mais abrangente e que começa no berço, quando começa a se manifestar a personalidade individual e por isso diz o ditado que “é de pequenino, que se torce o pepino”. Não falo do “torcer o pepino”, como se fazia a 60 ou 70 anos atrás, quando a educação doméstica era violentamente castradora, mas também não podemos nos referenciar nos tempos modernos, onde é o “pepino que torce o hortelão”.

Educar sempre foi “preparar”, (informar), a criança para que esteja “sintonizada” com o seu tempo. Nem tanto lá atrás e nem tanto lá “muito adiante”, mas sim o desafio da “medida certa” à exigência de equilíbrio do ambiente social vigente. É preciso muito tempo, sensibilidade, renúncia pessoal e dedicação para se formar um indivíduo “equilibrado” e não apenas “calibrado” para agir “politicamente correto”. Sempre foi padrão desde as cavernas, que as crianças se espelhem e referenciem em seus pais e assim continuará a acontecer até o fim da humanidade, porém desde sempre, não pelo que os pais “falaram”, mas sim pelo exemplo, que “legaram”. Pelo que se vê nestes tempos de concorrência desenfreada, em que os pais mais do que nunca passam a exigir dos filhos, que se capacitem precocemente para enfrentar o “mundo cão”, impingindo-lhes cursos e mais cursos de idiomas, de computação, de balé, de tênis e principalmente, daquilo que “julgam” tenha sido sua escassez de formação, que os fez “menos competitivos”, vê-se uma terceirização arbitrária da busca de realização pessoal através da programação de “filhos perfeitos”. É o “upgrade” da criança à “imagem e semelhança” de um “ultrapassado” robô social. Sem “avanço cidadão”.

Chega-se com isso até a negar à criança o seu direito sagrado de “brincar como criança” e a criança, que não brinca, não será criança no “seu tempo”, daí termos hoje tantas “crianças extemporâneas” já na idade adulta. Na escola da vida também se “passa de ano” e isso só acontece se à criança se der o que lhe é essencial em doses assimiláveis para cada “ano cursado”, tal e qual em um processo de “alfabetização progressiva”. Sem excessos, nem faltas. A “educação cidadã” compreende principalmente o aprendizado comportamental quanto ao relacionamento social interno e externo à família, a ocupação individual desses espaços e seus limites, a educação financeira e a educação política. Essa é a dinâmica e lógica, pois se “quem sai aos seus não degenera”, muito por certo não vai regenerar os “bugs da geração” predecessora. O processo mais consistente de formação da classe média e sua luta por direitos no Brasil remonta há 40 anos e é o desenvolvimento econômico, quem puxa a educação no seu espectro mais global e assim ressentem-se hoje, o país e os pais, dessa referência para transmiti-las adequadamente às atuais gerações.

Não sou Educador e nem tampouco tenho formação técnica para disparar análises e diagnósticos, mas sou um observador muito atento ao dia a dia brasileiro, além de haver convivido toda minha vida profissional com estrangeiros, o que faço até hoje e é disso que falo. Da comparação comportamental frente aos dias de hoje. A Globalização exige um “upgrade” muito rápido não só no aspecto tecnológico, como também no comportamental, se quisermos estar inseridos e respeitados pelos outros povos e nossas crianças que já nos superam de longe na absorção tecnológica, ainda esperam de nós que façamos a nossa parte, que é ajudá-los a situarem-se “politicamente” nestes novos tempos brasileiro e mundial. Somos acima de tudo “cidadãos responsáveis” em preparar “o caminho” das gerações futuras, legando-lhes um “país justo e ordeiro” e isso incluí acabar com toda e qualquer “estrutura podre”, que impeça esse objetivo. Ainda que não o tenhamos recebido, não podemos nos eximir da responsabilidade de construí-lo e isso não se faz através de 140 caracteres de um “post” no Tweeter.

O título deste artigo, remetendo à legenda na bandeira do Estado de São Paulo, onde muito me orgulho ter nascido, diz: “Pelo Brasil faça o melhor”, faça sua parte, fazendo o que deve e é preciso ser feito com o máximo da sua excelência, não como boi e nem como manada e se você não “vaiprárua”, vá ao menos para o “mundo dos seus filhos, netos, familiares, amigos e conhecidos”. Seja o floco de neve rebelde do alto da montanha... provoque uma avalanche.

“Eu vou!... Por que não? Por que não”. (Caetano Veloso em Alegria, Alegria).

Pense comigo...

Artigo de Antonio Figueiredo
@ToniFigo1945
Brasileiro, Construtivista e Ativista Federalismo Parlamentarista Unicameral c/Voto Distrital Puro.
Salvador-Bahia-Brazil

4 comentários:

  1. ALÕ
    Bandeira de SP não tem legenda,mas um pensamento em latim traduzido e que já "configurava"SP.
    "eu conduzo e não sou conduzido".
    abraços

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  2. Amigo, fiz um breve comentário aqui,mas sumiu, pois devo ter digitado alguma coisa errada.

    Não consigo preencher o final do mesmo, pois não me acerto com as "contas" oferecidas no final (para assinar)porque nunca me lembro das senhas.
    Não haveria uma opção da gente assinar de modo mais simples?
    Gde bj a você!

    Se vc achar um comentário voando por aí, deve ser o meu! rsrsrs

    Zinha Bergamin

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  3. Excelente artigo Toni, adorei o termo "Saqueadores de contribuintes".
    Percebo que as Redes Sociais têm tido papel preponderante no sentido de acordar cidadãos dormentes para os problemas do país e ao mesmo tempo arregimentar e impulsionar manifestações que o partido ditador no poder tem tentando calar com estrategias próprias de um partido sem lei.

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  4. Concordo com Geraldo Morais,se é virtualizando a educação de que tanto falamos, digo,conscientização da massa, pois é nela que devemos permanecer. Aqui não há o ditador da verdade,mas varios deles, com seus quinhões de verdades e democracia, para formarmos uma nova sociedade. Parabens pelo artigo Toni!

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