"Amorfo, estupidificado e escravo cívico dos ladrões do poder, o homem dilui-se no não-ser e resta-lhe a lembrança de um sonho de si próprio que se apaga na impotência cívica e na solidão de todos os desencontros. Tecnicamente falando, a criatura aliena-se: perdendo-se de si, perde-se do mundo e transforma-se numa plasticina formatável pelos poderes sem compaixão. Eis ao que chegámos com a complacência diária de um povo incapaz de gritar liberdade no único instante em que é chamado a decidir: as eleições. As subvenções de políticos instalados nas empresas privadas e nas televisões simbolizam a iniquidade transversal e este orçamento a iniquidade governamental!"
Valter José Guerreiro
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